28 de fevereiro de 2022

Dica de Leitura: EDGAR ALLAN POE - Medo Clássico vol. 1

É meia-noite. As asas de um corvo se misturam à escuridão. A velha casa em ruínas observa com janelas que pareciam olhos. Você jura ouvir a voz de alguém que já partiu para o outro lado, bem na hora em que um gato preto cruza seu caminho.Tudo o que hoje conhecemos como terror começou a ganhar forma na obra de Edgar Allan Poe. 

Genial e maldito, Poe é considerado o mestre dos mestres da literatura fantástica. Stephen King, Clive Barker ou H.P. Lovecraft são apenas alguns de seus discípulos mais sombrios. Porém, com certeza não são os únicos. Desde o século XIX, o criador de “O Corvo” vem influenciando gerações de escritores consagrados, dos mais diversos gêneros, como Henry James, Franz Kafka, Arthur Conan Doyle, Júlio Verne, Vladimir Nabokov, Oscar Wilde e Jorge Luis Borges.Mais de duzentos anos após seu nascimento, Poe continua atual. Sua obra se mantém em catálogo por todos os continentes, nos mais diversos idiomas, e é tema comum em teses de mestrado. Do mundo acadêmico para a cultura pop, de tempos em tempos as histórias fantásticas do autor ganham novas adaptações no cinema, na TV, na literatura. 

De Iron Maiden a Green Day e Os Simpsons; de Vincent Price a Tim Burton; nos quadrinhos de Neil Gaiman ou nas séries The Following e na brasileira Edgar.Onde você procurar, existe o toque do gênio. E agora chegou a sua vez de reencontrar ― ou mesmo conhecer ― a obra original em toda a sua grandeza. Os contos que mudaram os rumos da literatura ocidental. Os personagens eternos. A prosa e a poesia escritas à pena, manchadas de sangue. Finalmente, uma edição nacional à altura do mestre. 

A morte, narradores homicidas, mulheres imortais, aventuras, as histórias do detetive Auguste Dupin, personagem que serviu de inspiração para Sherlock Holmes.

Apresenta ainda “O Corvo” na sua versão original, em inglês, além de reunir suas mais importantes traduções para o português: a de Machado de Assis (1883) e a de Fernando Pessoa (1924).

Estrelas: 5/5 ⭐⭐⭐⭐⭐ Editora: ‎Darkside 1ª edição (2 fevereiro 2017) Idioma: ‎Português  Capa dura ‏384 páginas

Dica de Leitura: As Flores do Mal

O poeta e crítico francês Charles Baudelaire marcou as últimas décadas do século XIX, influenciando a poesia internacional de tendência simbolista. 

De sua maneira de ser, originaram-se na França os poetas “malditos”. Baudelaire inventou uma nova estratégia de linguagem, incorporando a matéria da realidade grotesca à linguagem sublimada do Romantismo, dando base para a criação da poesia moderna. 

As flores do mal é sua obra-prima, cujos poemas datam de 1841. Julgado imoral em sua época, o livro levantou polêmica e despertou hostilidades na imprensa. Baudelaire e seu editor foram processados e, além de pagar multa, tiveram de reimprimir a obra excluindo poemas da primeira edição. Nesta edição, disponibilizamos para o leitor brasileiro a versão completa de As flores do mal, com os poemas censurados e os incluídos posteriormente. 

Editora : ‎ Martin Claret 1ª edição (1 março 2011) Idioma: Português Capa comum ‏ 256 páginas

Dica de Leitura: E o Vento Levou

A maior história de amor do século XX, que deu origem ao premiado filme com Vivien Leigh e Clark Gable. Ano de 1861. O sul dos Estados Unidos está prestes a ingressar na sangrenta Guerra Civil norte-americana. 

Na fazenda Tara, na Geórgia, a bela jovem impetuosa e mimada Scarlett O’Hara transforma-se em mulher prática e disposta a tudo para conquistar o que deseja. Frustrada por não conseguir se casar com Ashley Wilkes, Scarlett acaba se envolvendo com o aventureiro Rhett Butler, com quem viverá uma das histórias de amor mais célebres e conturbadas da literatura. 

A guerra é intensa e o cerco dos ianques, incisivo, levando a fazenda a uma situação desastrosa de fome e desespero.Margaret Mitchell descreve de maneira impressionante a Guerra Civil norte-americana e retrata as grandes mudanças que pavimentaram a história dos Estados Unidos.

E o vento levou é uma das obras mais notáveis da literatura norte-americana. Publicado originalmente em 1936, o romance ganhou o Prêmio Pulitzer no ano seguinte. Os dois volumes retratam uma das histórias de amor mais famosas da literatura mundial, um clássico imortalizado no cinema por Vivien Leigh e Clark Gable, ganhador de 10 Oscars.

Editora: ‎ Record 5ª edição (22 março 2012) Idioma: ‎Português Capa comum ‏952 páginas

27 de fevereiro de 2022

Dica de Leitura: Nasce o Gigante da Colina

A saga de um time que revolucionou o futebol brasileiro, principalmente na luta contra o racismo e a discriminação social. Assim pode ser definido o livro Nasce o Gigante da Colina, que narra a história do Vasco da Gama, a partir do título carioca conquistado em 1923. Eram tempos em que o futebol ainda era por demais embranquecido e os jogadores negros tinham poucas oportunidades nos clubes de elite. 
Foi quando o Vasco montou uma equipe basicamente de negros, pobres e mulatos, sendo campeão da segunda divisão e em seguida também da primeira divisão. Foi um assombro na época, havendo muita resistência por parte dos demais clubes. Mas, logo o Vasco mostraria a sua vocação para ser grande, construindo, em 1927, o estádio São Januário, o maior do Brasil até então, e dando início à trajetória do Gigante da Colina.
Estrelas: 5/5 ⭐⭐⭐⭐⭐Editora: ‎Maquinária 1ª edição (1 janeiro 2014) Idioma: ‎Português Capa comum ‎ 128 páginas


Dica de Leitura: Torto Arado

Nas profundezas do sertão baiano, as irmãs Bibiana e Belonísia encontram uma velha e misteriosa faca na mala guardada sob a cama da avó. Ocorre então um acidente. 
E para sempre suas vidas estarão ligadas ― a ponto de uma precisar ser a voz da outra. Numa trama conduzida com maestria e com uma prosa melodiosa, o romance conta uma história de vida e morte, de combate e redenção.
Editora: ‎Todavia 1ª edição (7 agosto 2019) Idioma: ‎ Português Capa comum  ‎ 264 páginas
Sobre o Autor:
Itamar Vieira Junior nasceu em Salvador, em 1979. É geógrafo e doutor em estudos étnicos e africanos pela ufba, e autor de Dias e A oração do carrasco.

Dica de Leitura: Escravidão Vol.1

Maior território escravista do hemisfério ocidental, o Brasil recebeu cerca de 5 milhões de cativos africanos, 40% do total de 12,5 milhões embarcados para a América ao longo de três séculos e meio. Como resultado, o país tem hoje a maior população negra do planeta, com exceção apenas da Nigéria. 

Foi também, entre os países do Novo Mundo, o que mais tempo resistiu a acabar com o tráfico de pessoas e o último a abolir o cativeiro, por meio da Lei Áurea de 1888 ― quatro anos depois de Porto Rico e dois depois de Cuba. Nenhum outro assunto é tão importante e tão definidor da nossa identidade nacional quanto a escravidão. 

Conhecê-lo ajuda a explicar o que fomos no passado, o que somos hoje e também o que seremos daqui para a frente. Em um texto impactante e rigorosamente documentado, Laurentino Gomes lança o primeiro volume de sua nova trilogia, resultado de 6 anos de pesquisas, que incluíram viagens por 12 países e 3 continentes.

Estrelas: 5/5 ⭐⭐⭐⭐⭐ / Editora: ‎Globo Livros / 1ª edição (23 agosto 2019)  / Idioma: ‎Português  / Capa comum 504 páginas
Sobre o Autor:
Laurentino Gomes, paranaense de Maringá e seis vezes ganhador do Prêmio Jabuti de Literatura, Laurentino Gomes é autor de 1808, obra sobre a fuga da corte portuguesa de dom João para o Rio de Janeiro (eleito o Melhor Ensaio de 2008 pela Academia Brasileira de Letras); 1822, sobre a Independência do Brasil; e 1889, sobre a Proclamação da República; além de O caminho do peregrino, em coautoria com Osmar Ludovico da Silva — todos publicados pela Globo Livros. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, com pós-graduação pela Universidade de São Paulo, é titular da cadeira de número 18 da Academia Paranaense de Letras.

Dica de Leitura: Minha História

Com uma vida repleta de realizações significativas, Michelle Obama se consolidou como uma das mulheres mais icônicas e cativantes de nosso tempo. Como primeira-dama dos Estados Unidos — a primeira afro-americana a ocupar essa posição —, ela ajudou a criar a mais acolhedora e inclusiva Casa Branca da história. 

Ao mesmo tempo, se posicionou como uma poderosa porta-voz das mulheres e meninas nos Estados Unidos e ao redor do mundo, mudando drasticamente a forma como as famílias levam suas vidas em busca de um modelo mais saudável e ativo, e se posicionando ao lado de seu marido durante os anos em que Obama presidiu os Estados Unidos em alguns dos momentos mais angustiantes da história do país. Ao longo do caminho, ela nos ensinou alguns passos de dança, arrasou no Carpool Karaoke e criou duas filhas responsáveis e centradas, apesar do impiedoso olhar da mídia.

Em suas memórias, um trabalho de profunda reflexão e com uma narrativa envolvente, Michelle Obama convida os leitores a conhecer seu mundo, recontando as experiências que a moldaram — da infância na região de South Side, em Chicago, e os seus anos como executiva tentando equilibrar as demandas da maternidade e do trabalho, ao período em que passou no endereço mais famoso do mundo. 

Com honestidade e uma inteligência aguçada, ela descreve seus triunfos e suas decepções, tanto públicas quanto privadas, e conta toda a sua história, conforme a viveu — em suas próprias palavras e em seus próprios termos. Reconfortante, sábio e revelador, Minha história traz um relato íntimo e singular, de uma mulher com alma e consistência que desafiou constantemente as expectativas — e cuja história nos inspira a fazer o mesmo.
Estrelas: 4/5⭐⭐⭐⭐Editora: ‎ Objetiva 1ª edição (13 novembro 2018) Idioma: ‎ Português Capa comum 464 páginas

14 de fevereiro de 2022

Isaac Asimov - Saga Fundação

Fundação é uma obra de ficção científica escrita por Isaac Asimov que descreve em detalhes a história de um futuro distante e de como o destino de seus habitantes é influenciado por uma instituição chamada Fundação Enciclopédica.Ao escrever em forma de uma saga científica e enfatizar a procura da sabedoria, o objetivo de Asimov no primeiro livro da série era descrever em detalhes a queda de um Império Galático - o qual, segundo a maioria dos críticos de sua obra, não é nada além do mundo em que ele viveu, um mundo cheio de contradições – e o surgimento de um mundo científico, orientado pela verdade, sem subterfúgios ou "golpes baixos". Asimov tomou como inspiração a queda do Império Romano.

O personagem central da série chama-se Hari Seldon, que, embora só apareça pessoalmente em três dos livros, influencia toda as obras da série através da Ciência que desenvolveu: a Psico-história, com a Informática e o Computador.

A Psico-história seria um misto de sociologia e matemática. Aplicando fórmulas matemáticas a acontecimentos de seu presente, Seldon conseguia calcular acontecimentos futuros e assim permitir ou tentar evitar que viessem a se confirmar.

As previsões feitas por Seldon eram todas baseadas em estatísticas e probabilidades. A Psico-história usava desses elementos matemáticos aplicados às massas. Funcionava apenas para sociedades inteiras. Para uma elaboração matemática precisa, era necessário que fosse feita a avaliação sociológica, cultural e econômica de sociedades com muitos milhões, ou bilhões de indivíduos. Era totalmente ineficaz a tentativa de aplicar a Psico-história a indivíduos, porque o indivíduo é imprevisível.

Os seguintes livros formam a série de Fundação, em ordem cronológica:

  • Prelúdio à Fundação
  • Origens da Fundação 
  • Fundação
  • Fundação e Império
  • Segunda Fundação
  • Limites da Fundação 
  • Fundação e Terra

Publicação

Fundação era originalmente uma série de oito pequenas histórias publicadas na Astounding Magazine entre Maio de 1942 e Janeiro de 1950. De acordo com Asimov, a premissa foi baseada em ideias colocadas pelo livro de Edward Gibbon, "História do Declínio e Queda do Império Romano", e foi inventada espontaneamente no caminho para um encontro com o editor John W. Campbell, com quem ele desenvolveu o conceito.

Trilogia original

As primeiras quatro histórias foram reunidas, junto a uma outra história tomando lugar antes das outras, em um volume único publicado pela Gnome Press nos Estados Unidos em 1951 como Fundação. O resto das histórias foi publicado em pares pela Gnome como Fundação e Império (1952) e Segunda Fundação (1953), resultando na "Trilogia da Fundação", como a série ficou conhecida por décadas.

Continuações

Em 1981, após a série ter sido considerada um dos trabalhos mais importantes da ficção científica moderna, Asimov foi convencido por seus leitores a escrever um quarto livro, que se tornou Limites da Fundação (1982).

Quatro anos depois, Asimov continuou com outra sequência, Fundação e Terra (1986), que mais tarde foi acompanhada por dois livros cronologicamente anteriores à trilogia, Prelúdio para Fundação (1988) e Origens da Fundação (1993). Durante o hiato entre escrever as sequências, Asimov interligou na sua série vários outros trabalhos, criando um universo ficcional unificado. Um elo básico é mencionado pela primeira vez em Limites da Fundação: uma história obscura a respeito de uma primeira onda de colonização com robôs e mais tarde uma segunda sem eles.

Enredo

Prelúdio à Fundação

Prelúdio para Fundação começa em Trantor, o planeta capital do Império Galáctico, no dia após o discurso do matemático Hari Seldon em uma conferência. Vários partidos se tornaram conscientes do conteúdo de seu discurso e artigo, a respeito do uso de técnicas matemáticas que tornariam possível uma predição do futuro da história humana, a ciência conhecida como psicohistória. Seldon é convocado pelo Imperador, onde admite que a técnica não passa de uma mera possibilidade teórica. A despeito disso, o Império pretende lhe forçar a exílio, onde trabalharia em constante vigilância para estarem sempre cientes do desenvolvimento de sua ciência. Durante o enredo, Seldon e Dors Venabili, uma companhia feminina, são levados de um lado para o outro por um ajudante, Chetter Hummin, que tenta mantê-los longe das garras do Imperador para o desenvolvimento saudável da psicohistória.

Durante as aventuras por Trantor, Seldon continuamente nega a praticidade da psicohistória. Argumenta que mesmo que fosse possível, levaria décadas para ser desenvolvida. Hummin, no entanto, está convencido de que Seldon sabe de alguma coisa e, como resultado, continua a pressioná-lo para que trabalhe em um ponto inicial para o desenvolvimento da ciência.

Após viagens e introduções a diversas culturas em Trantor, Seldon percebe que usando a Galáxia inteira como um modelo de início é uma tarefa muito complicada, e decide portanto em utilizar Trantor como seu modelo, devido a sua complexidade e variedade cultural que serviria como modelo representativo de todo o Império. Começa portanto a trabalhar na ciência, com o objetivo de usá-la para impedir o declínio e queda da civilização humana.

Origens da Fundação

Oito anos após os eventos de Prelúdio, Seldon já conseguiu desenvolver alguns pontos da ciência psicohistórica e está gradativamente aplicando-a em escala galáctica. Sua notabilidade e fama aumentam com os anos, culminando com sua promoção a Primeiro Ministro do Imperador. Conforme o livro progride, Seldon, através de várias tramas políticas, problemas com o Império e seus governos e partidos dissidentes, perde aqueles mais próximos a ele, incluindo sua própria ele, Dors Venabili. Sua saúde deteriora-se com a idade avançada. Tendo trabalhado sua vida inteira para entender a psicohistórica, ele instrui sua neta, Wanda, que possui o toque mental, à criação da Segunda Fundação.

Fundação

Chamado para responder a julgamento em Trantor por acusações de traição -- por prever a queda do Império Galáctico -- Seldon explica que a sua ciência de psicohistória pode ver várias alternativas, todas que terminam com a eventual queda do Império. Se a humanidade seguir naturalmente este caminho, o governo cairia e trinta mil anos de conflitos iriam afligir a espécie humana antes da criação de um Segundo Império. Entretanto, um caminho alternativo diminuiria este período de hiato em apenas mil, se Seldon fosse permitido a reunir as pessoas mais inteligentes do planeta e criar um compêndio de todo o conhecimento humano, a Enciclopédia Galáctica. A banca permite a reunião de Seldon, com a condição de que eles fossem exilados para o longínquo planeta de Terminus. Seldon concorda e reúne sua coleção de Enciclopedistas, e cria as duas Fundações em "extremos opostos" da Galáxia.

Em Terminus, os seus habitantes enfrentam calamidades. Quatro planetas recém declarados independentes estão ao seu redor, e os Enciclopedistas não tem defesas além de sua própria inteligência. O Prefeito da Cidade de Terminus, Salvor Hardin, propõe jogar os planetas uns contra os outros. O seu plano é um sucesso, e a Fundação se mantém intocada. Hardin é promovido e declarado Prefeito de toda Terminus. Enquanto isso, as mentes da Fundação continuam a desenvolver tecnologias novas e melhores do que as contrapartes imperiais. Usando sua vantagem científica, Terminus desenvolve rotas de comércio com os planetas próximos, eventualmente os conquistando quando sua tecnologia se transforma em uma comodidade essencial para a manutenção de suas vidas. Comerciantes interplanetários, mercadores, eventualmente se tornam os novos diplomatas em outros planetas. Um dos mercadores, Hober Mallow, torna-se poderoso o suficiente para desafiar e ganhar o governo, tornando-se Prefeito da Fundação. Cortando suprimentos de outros planetas de uma região, consegue ganhar cada vez mais mundos para o alcance fundacional.

Fundação e Império

O Imperador atual percebe a Fundação como uma ameaça crescente e ordena que seja atacada, utilizando a ainda grande tropa imperial. Entretanto, convencido depois que seu poder seria mais vulnerável do que o de seu general caso ele obtivesse sucesso (uma possível analogia com o Império Romano), o imperador acaba por remover sua tropa do ataque. Apesar de sua inferioridade militar a Fundação emerge portanto como a vitoriosa, e o próprio Império é derrotado.

Enquanto isso um estrangeiro desconhecido conhecido apenas como "O Mulo" começa a conquistar planetas pertencentes à Fundação em ritmo veloz. Torna-se conhecido que o Mulo é, na verdade, um mutante que mantém uma habilidade de alterar psiquicamente as emoções daqueles com quem entra em contato. Usando este poder para sua vantagem, o Mulo conquista planetas apenas visitando-os com seu próprio exército, deixando os habitantes com medo, e mais tarde lealdade para com ele. Quando a Fundação percebe que o Mulo não foi previsto pelo plano psicohistórico de Hari Seldon, e que não há um modo planejado de derrotá-lo, Torã e Bayta Darell, acompanhados por Ebling Mis -- o maior psicólogo atual da Galáxia -- e um palhaço chamado Magnífico (que eles concordam em proteger, como a sua vida está sob a ameaça do próprio Mulo), saem para descobrir a localização da Segunda Fundação, que poderia trazer o fim ao reinado do Mulo.

Trabalhando na ainda funcional Biblioteca Galáctica de Trantor, Mis descobre a localização da Segunda Fundação. Entretanto, descobrindo que o Mulo também está tentando descobrir esta localização, Bayta mata Mis antes que ele possa revelar a localização da Segunda Fundação. Bayta então explica que ela se arrepende de suas ações, mas o segredo deveria ser mantido longe do Mulo a qualquer custo. Descobre-se então que o palhaço Magnífico na verdade é o Mulo, confirmando as suspeitas de Bayta, e que ele estava de fato buscando o controle da Segunda Fundação assim como já mantinha o da primeira. Ele então deixa Trantor para governar os seus planetas conquistados enquanto continua a sua própria busca.

Segunda Fundação

Conforme o Mulo chega perto de descobri-la, a Segunda Fundação sai brevemente de seu esconderijo para encarar a ameaça diretamente. É revelado que a Segunda Fundação é uma coleção dos seres humanos mais inteligentes da galáxia. Enquanto a primeira Fundação desenvolveu-se com base nas ciências físicas, a Segunda Fundação vinha desenvolvendo as ciências mentais. Usando o poder de suas fortes mentes, a Segunda Fundação eventualmente derrota o Mulo. Sua atitude destrutiva é ajustada para uma benevolente. Ele retorna para governar o seu reino pacificamente pelo resto de sua vida, com nenhum pensamento subsequene de derrotar a Segunda Fundação.

A Primeira Fundação, entendendo as implicações de uma Segunda que será a real herdeira do futuro Império prometido por Seldon, ressente-a fortemente e busca destruí-la, acreditando que podem sobreviver sem ela. Após algumas tentativas para decifrar a única pista que Seldon deu a respeito de sua localização ("no outro extremo da Galáxia"), a Fundação é levada a acreditar por saltos de lógica que a Segunda Fundação é localizada em Terminus. Desenvolvendo uma tecnologia que causa grande dor a telepatas, a Fundação descobre um grupo de aproximadamente cinquenta segundo-fundacionistas e os executa, acreditando que tinham vencido. Apesar de tudo, a Segunda Fundação havia planejado esta eventualidade e mandado cinquenta de seus membros para suas mortes como mártires em ordem de reconquistar sua anonimidade.

Limites da Fundação (Fundação II)

Ao contrário dos anteriores, Limites da Fundação não se trata de uma série de histórias, mas uma única.

Aos quinhentos anos da Fundação, Golan Trevize, um conselheiro de Terminus, cai em desgraça e é exilado pela Prefeita. É exilado por um suposto discurso subversivo de acreditar ainda na existência e sobrevivência da Segunda Fundação. Dão-lhe uma nave e uma missão: procurar pela tal Segunda Fundação, só podendo voltar caso a encontrasse. Como disfarce, leva um historiador, Janov Pelorat, obcecado pela procura do planeta original da humanidade, a Terra, que desde o final do império não se sabe a localização. Oficialmente, Trevize e Pelorat saem à procura da Terra, e no seu caminho passam em muitos planetas, inclusive Trantor e Comporellon.

Ao mesmo tempo, é contada a história de Stor Gendibal, um membro proeminente da Segunda Fundação, que descobre uma nativa do planeta que sofreu uma pequena alteração mental. A alteração em sua mente é mais delicada do que qualquer toque possível pela Segunda Fundação, de forma que se cria a suspeita que algum tipo de mentálicos mais poderosos está agindo através da galáxia. Suspeitando das ações tomadas por Trevize até então, é enviado si mesmo em uma missão de observar suas ações, em busca de encontrar seja lá que força superior está interferindo com mentes na galáxia.

Trevize e Pelorat acabam encontrando Gaia, o planeta vivo, onde todos os seres vivos e até os inanimados compartilham uma consciência, com poderes suficientes para alterar a mente de qualquer ser humano. No clímax do livro, Trevize, encurralado pela Prefeita da Fundação e Gendibal, é chamado a escolher entre a Fundação, a Segunda Fundação e Gaia, como modelos para o futuro da humanidade.

Fundação e Terra

Ainda incerto sobre a decisão que tomou, Trevize continua por sua busca à Terra com Pelorat e uma habitante de Gaia, acreditando que encontrará no planeta de origem a resposta que buscava. Eventualmente eles acham uma lista de planetas que poderiam se tratar do planeta lendário, e descobrem Aurora, Solaria e Melpomenia, planetas fora dos mapas, mas não encontra a resposta para seus dilemas em nenhum deles.

Aurora e Melpomenia estavam desertos há muito tempo, mas Solaria contém uma pequena população extremamente avançada na área de mentálica. Quando sua vida é ameaçada, Bliss -- a mulher de Gaia -- usa suas habilidades para destruir um solariano prestes a matá-los. Descobrindo que ele havia deixado para trás uma criança pequena que seria exterminada caso deixada sozinha, Bliss convence os outros a levá-la consigo.

Eventualmente Trevize descobre a Terra mas, de novo, não há nenhuma satisfação para seu dilema. Apesar disso, Trevize percebe que a resposta pode não estar na Terra, mas em seu satélite: a Lua. Ao chegar no astro, eles são recebidos em seu núcleo por um robô conhecido como R. Daneel Olivaw. Olivaw explica que ele vem guiando a história humana por milhares de anos, e que esta é a razão que o plano de Seldon vem mantendo-se em curso, apesar das intervenções feitas pelo Mulo. Olivaw também afirma que ele está no fim de sua vida e que, apesar de ter reposto suas partes e seu cérebro cada vez mais complexo -- que contém vinte mil anos de memórias -- ele está para morrer brevemente. Também explica que nenhum cérebro robótico desenvolvido é complexo o bastante para substituir o seu atual e que para continuar guiando os passos da humanidade -- que pode acabar sob ataque de outros seres de além da galáxia -- ele precisa fundir sua mente com a de um intelecto orgânico.

Mais uma vez, Trevize é colocado na escolha de deixar Olivaw fundir seu cérebro com o da mente superior da criança solariana, e se isso seria o melhor para o bem estar da Galáxia;

Personagens

  • Hari Seldon
  • Salvor Hardin
  • Hober Malow
  • Bel Riose
  • Cleon II
  • Lathan Devers
  • Mulo
  • Ebling Mis
  • Bayta Darell
  • Han Pritcher
  • Toran
  • Bail Channis
  • Arcádia Darell
  • Pelleas Anthor
  • Dr. Toran Darell
  • Lorde Stettin
  • Homir Munn
  • Preem Palver
Editora Aleph1ª edição (30 setembro 2021) Idioma: ‎ Português Capa comum ‏2880 páginas
BOX COM A SÉRIE COMPLETA: AMAZON

7 de fevereiro de 2022

Escolas Literárias

la lectrice ("A leitora"), óleo de Jean-Honoré Fragonard, 1770–1772.

Escola literária ou movimento literário é o conjunto de todos os acontecimentos históricos envolvendo a literatura desde a invenção da escrita até os dias atuais.

Os movimentos influentes no Brasil e em Portugal podem ser divididos da seguinte forma: Trovadorismo, Humanismo, Classicismo, Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, Pré-Modernismo, Modernismo e Tendências Contemporâneas (Pós Modernismo)

Trovadorismo

Para compreender qualquer movimento histórico, como o trovadorismo, é preciso primeiro se situar historicamente. O trovadorismo, é também conhecido como Primeira Época Medieval e é o primeiro movimento literário da língua portuguesa. Seu surgimento ocorreu no mesmo período em que Portugal começou a despontar como nação independente, no século XII; porém, as suas origens deram-se na Occitânia, de onde se espalhou por praticamente toda a Europa. São admitidas pelo menos quatro teses fundamentais para explicar a origem do trovadorismo: a tese arábica, que considera a cultura arábica como sua velha raiz; a tese folclórica, que a julga criada pelo próprio povo; a tese médio-latinista, segundo a qual essa poesia teria origem na literatura latina produzida durante a Idade Média; e, por fim, a tese litúrgica, que a considera fruto da poesia litúrgico-cristã elaborada na mesma época. Entretanto, nenhuma das teses citadas é suficiente sozinha, deixando a posição de aceitá-las conjuntamente, a fim de melhor compreender os aspectos constantes dessa poesia.

Cantiga de amor

O cavalheiro se dirige à mulher amada como uma figura idealizada, distante. O poeta, na posição de fiel vassalo, se põe a serviço de sua senhora, dama da corte, tornando esse amor um objeto de sonho, distante, impossível. Mas nunca consegue conquistá-la, porque tem medo e também porque ela rejeita sua canção.

Neste tipo de cantiga, originária de Provença, no sul de França, o eu-lírico é masculino e sofredor. Sua amada é chamada de senhor (as palavras terminadas em or como senhor ou pastor, em galego-português não tinham feminino). Canta as qualidades de seu amor, a "minha senhor", a quem ele trata como superior revelando sua condição hierárquica. Ele canta a dor de amar e está sempre acometido da "coita", palavra frequente nas cantigas de amor que significa "sofrimento por amor". É à sua amada que se submete e "presta serviço", por isso espera benefício (referido como o bem nas trovas).É importante lembrar a obliviedade da amada, que desconhece do sentimento do eu lírico.

Essa relação amorosa vertical é chamada "vassalagem amorosa", pois reproduz as relações dos vassalos com os seus senhores feudais. Sua estrutura é mais sofisticada.

São tipos de Cantiga de Amor:

  • Cantiga de Mestria: é o tipo mais difícil de cantiga de amor. Não apresenta refrão, nem estribilho, nem repetições.
  • Cantiga de Tense ou Tensão: diálogo entre cavaleiros em tom de desafio. Gira em torno da mesma mulher.
  • Cantiga de Pastorela: trata do amor entre pastores (plebeus) ou por uma pastora (plebéia).
  • Cantiga de Plang: cantiga de amor repleta de lamentos.

Cantiga de amigo

Eu lírico feminino. Presença de paralelismos. Predomínio da musicalidade, por esse motivo apresenta refrão. Assunto Principal: o lamento da moça cujo amado partiu. Amor natural e espontâneo. Ambientação popular rural ou urbana. Influência da tradição oral ibérica. Amor possível. Deus é o elemento mais importante do poema. Pouca subjetividade. É mais popular.

Cantiga de escárnio

Na cantiga de escárnio, o eu-lírico faz uma sátira a alguma pessoa. Essa sátira era indireta, cheia de duplos sentidos. As cantigas de escárnio definem-se, pois, como sendo aquelas feitas pelos trovadores para dizer mal de alguém, por meio de ambiguidades, trocadilhos e jogos semânticos, num processo que os trovadores chamavam "equívoco". O cômico que caracteriza essas cantigas é predominantemente verbal, dependente, portanto, do emprego de recursos retóricos. A cantiga de escárnio exigindo unicamente a alusão indireta e velada, para que o destinatário não seja reconhecido, estimula a imaginação do poeta e sugere-lhe uma expressão irônica, embora, por vezes, bastante mordaz.

Cantiga de maldizer

Ao contrário da cantiga de escárnio, a cantiga de maldizer traz uma sátira direta e sem duplos sentidos. É comum a agressão verbal à pessoa satirizada, e muitas vezes, são utilizados até palavrões. O nome da pessoa satirizada pode ou não pode ser revelado.

Humanismo

O Nascimento de Vênus
  • A escola literária chamada Humanismo, surgiu já no final da Idade Média. Ainda podemos ressaltar as prosas doutrinárias, dirigidas à nobreza. Já as poesias, que eram cultivadas por fidalgos, utilizavam o verso de sete sílabas e o de cinco sílabas. Podemos destacar João Ruiz de Castelo Branco como importante autor de poesias palacianas.
  • Renascimento (ou Renascença) é um termo usado para indicar o período da história do mundo ocidental aproximadamente entre fins do século XIII e meados do século XVII com significativa variação nas datas conforme a região enfocada e o autor consultado, quando diversas transformações em uma multiplicidade de áreas da vida humana assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Apesar destas transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências.

Chamou-se "Renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da antigüidade clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista e naturalista. O termo foi registrado pela primeira vez por Giorgio Vasari já no século XVI, mas a noção de Renascimento como hoje o entendemos surgiu a partir da publicação do livro de Jacob Burckhardt A cultura do Renascimento na Itália (1867), onde ele definia o período como uma época de "descoberta do mundo e do homem".

Apesar do grande prestígio que o Renascimento ainda guarda entre os críticos e o público, historiadores modernos têm começado a questionar se os tão divulgados avanços merecem ser tomados desta forma.

O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana, tendo como principais centros as cidades de Florença e Siena, de onde se difundiu para o resto da Itália e depois para praticamente todos os países da Europa Ocidental. A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou maior expressão, porém manifestações renascentistas de grande importância também ocorreram na Inglaterra, Alemanha, Países Baixos e, menos intensamente, em Portugal e Espanha, e em suas colônias americanas.

Classicismo

Teatro Wielki em Varsovia, Polônia

Em Arte, o Classicismo refere-se, geralmente à valorização da Antiguidade Clássica como padrão por excelência do sentido estético, que os classicistas pretendem imitar. A arte classicista procura a pureza formal, o equilíbrio, o rigor - ou, segundo a nomenclatura proposta por Friedrich Nietzsche: pretende ser mais apolínea que dionisíaca.

Alguns historiadores de arte, entre eles Giulio Carlo Argan, alegam que na História da arte concorrem duas grandes forças, constantes e antagônicas: uma delas é o espírito clássico, a outra, o romântico.

As duas grandes manifestações classicistas da Idade Moderna européia são o Renascimento e o Neoclassicismo.

Serve também o termo clássico para designar uma obra ou um autor depositários dos elementos fundadores de determinada corrente artística.

Características do Classicismo:

  • Universalismo
  • Racionalismo
  • Antropocentrismo
  • Paganismo
  • Neoplatonismo
  • Referência à cultura grega

Apuro formal:

  • Soneto (2 Quartetos 2 Tercetos)
  • Versos Com Até 10 Sílabas Poéticas (Estilo doce novo & Medida nova)
  • Rimas Bem Trabalhadas

Quinhentismo

Caravela

O quinhentismo tem esse nome por se passar em 1500 e se resume a todos os acontecimentos históricos vividos no descobrimento do Brasil e a religião que a Igreja queria passar para os índios em forma de sermões. Inclusive, o que marca o Quinhentismo é a carta que Pero Vaz de Caminha escreveu ao rei de Portugal relatando tudo que se passava no Brasil e suas riquezas. É por isso que o Quinhentismo também é chamado de Literatura Informativa. Porém o Quinhentismo se destaca na Literatura Jesuíta através dos sermões com intenção de catequizar os habitantes brasileiros da época (Índios).

Principais autores
  • Frei Vicente de Salvador
  • Jean de Lery
  • Padre José de Anchieta
  • Pero Vaz de Caminha

Barroco

Igreja de Santo André de Qurinale, projetada por Gian Lorenzo Bernini.

Movimento que tem início na Europa nos séculos XVII e XVIII (primeira metade) e no Brasil tem o seu início em 1601 com a publicação de Prosopopéia, de Bento Teixeira até 1768. E é apoiado pela igreja católica contra o renascimento e a reforma protestante. Considerado como o estilo correspondente ao absolutismo e à Contra-Reforma, distingue-se pelo esplendor exuberante. De certo modo o Barroco foi uma continuação natural do Renascimento, porque ambos os movimentos compartilharam de um profundo interesse pela arte da Antiguidade clássica, embora interpretando-a diferentemente, o que teria resultado em diferenças na expressão artística de cada período. Enquanto no Renascimento as qualidades de moderação, economia formal, austeridade, equilíbrio e harmonia eram as mais buscadas, o tratamento barroco de temas idênticos mostrava maior dinamismo, contrastes mais fortes, maior dramaticidade, exuberância e realismo e uma tendência ao decorativo, além de manifestar uma tensão entre o gosto pela materialidade opulenta e as demandas de uma vida espiritual. Mas nem sempre essas características são bem evidentes ou se apresentam todas ao mesmo tempo. Houve uma grande variedade de abordagens estilísticas, que foram englobadas sob a denominação genérica de "arte barroca", com certas escolas mais próximas do classicismo renascentista e outras mais afastadas dele, o que tem gerado muita polêmica e pouco consenso na conceituação e caracterização do estilo.

Principais autores
  • Bento Teixeira
  • Padre Antônio Vieira
  • Gregório de Matos
  • poesia lírica amorosa
  • poesia sacra relígiosa
  • poesia filosófica
  • poesia satírica

Arcadismo

Desenho do poeta, Tomás Antônio Gonzaga

No Arcadismo alguns autores se revoltam com a política, e a sátira passa a ser uma das principais características. No Arcadismo ocorre também o amor platônico, como no caso de Claudio Manoel da Costa que em suas poesias falava de uma musa chamada Nise que na verdade não existia. Já no caso de Tomás Antonio Gonzaga, já com 40 anos, dedica suas poesias a Maria Dorotéia Joaquina de Seixas (com apenas 17 anos), a quem chamava de Marília em seus poemas. A família era contrária, mas, aos poucos, a resistência passou a ser menor. Todavia, por ter participado da Inconfidência Mineira, foi preso e mandado para a África, casando-se, então, com Juliana de Sousa Mascarenhas, filha de um rico comerciante de escravos.

Principais autores
  • Alvarenga Peixoto
  • Frei Santa Rita Durão
  • Cláudio Manoel da Costa
  • Tomás Antônio Gonzaga
  • Silva Alvarenga
  • Basílio da Gama

Romantismo (poesia)

O Romantismo no Brasil teve como marco fundador a publicação do livro "Suspiros poéticos e saudades", de Gonçalves de Magalhães, em 1836, e durou 45 anos terminando em 1881. O Romantismo foi sucedido pelo Realismo.

Primeira geração (indianista)

Gonçalves Dias
  • Nacionalismo
  • Patriotismo
  • Índio como herói
  • Antiestrangeirismo
  • Sentimentalismo
Autores
  • Gonçalves de Magalhães
  • Gonçalves Dias
  • Araújo Porto Alegre

Segunda geração (ultrarromântica, mal do século e byronista)

Casimiro José Marques de Abreu
  • Atração pela morte (mal-do-século)
  • Individualismo
  • Pessimismo
  • Escapismo
Autores
  • Casimiro de Abreu
  • Álvares de Azevedo
  • Fagundes Varela
  • Junqueira Freire

Terceira geração (condoreira)

Castro Alves

por causa do pássaro condor que tem visão ampla sobre todas as coisas

  • Todas as questões sociais
  • Erotismo
  • Abolicionismo
  • Mulher vista com defeitos e qualidades
  • Política
Autores
  • Castro Alves
  • Sousândrade
  • Tobias Barreto

Romantismo (prosa)

O Romantismo na prosa, ou também conhecido como romance romântico, tem basicamente as mesmas características que o Romantismo na poesia. Todavia, em vez de poesias, são feitos livros onde existem alguns segmentos, como a prosa social-urbana, indianista, regionalista e histórica. Com caráter burguês, epidermico, pouco intelectual e de personagens lineares, saíam nos jornais em fasciculos para agradar à mulher e o estudante burguês( classe dominante na época).

Principais autores
  • Bernardo Guimarães
  • Franklin Távora
  • Joaquim Manoel de Macedo (Macedinho)
  • José de Alencar
  • Manoel Antonio de Almeida
  • Visconde de Taunay

Realismo

Machado de Assis

Correspondeu ao momento de consolidação do poder político da burguesia, na segunda metade do século XIX.

Augusto Comte, Karl Marx e Charles Darwin são os iniciadores europeus com suas correntes: o Positivismo, Socialismo e Darwinismo. O realismo evidencia fatos e acredita no real sem sentimentos lúdicos e melosos dos românticos e acredita que o homem é psicologicamente formado sem nenhuma interferência natural ou humana

Brasil: Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis (1881)

Principais autores
  • Eça de Queiroz
  • Machado de Assis
  • Raul Pompéia
  • Artur Azevedo

Naturalismo

Aluísio de Azevedo

O naturalismo ocorre basicamente na mesma época do realismo; alguns dizem que o naturalismo é apenas uma manifestação do realismo mas as diferenças são bem visíveis.

O naturalismo tenta explicar que o homem é modificado pelo ambiente em que vive e que a natureza influi na razão. Diferente do romance realista que presa a classe social dominante, o romance naturalista presa a comunidade mais pobre. Podemos ver isso claramente ao ler a obra O Cortiço de Aluísio de Azevedo

Brasil: O Mulato de Aluísio de Azevedo (1881)

Principais autores
  • Aluísio de Azevedo
  • Domingos Olímpio
  • Inglês de Sousa
  • Júlio Ribeiro
  • Manuel de Oliveira Paiva

Parnasianismo

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac.

O Parnasianismo é a forma poética do Realismo.

  • Preciosismo: focaliza-se o detalhe; cada objeto deve singularizar-se, dai as palavras raras e rimas ricas.
  • Objetividade e impessoalidade: O poeta apresenta o fato, a personagem, as coisas como são e acontecem na realidade, sem deformá-los pela sua maneira pessoal de ver, sentir e pensar. Esta posição combate o exagerado subjetivismo romântico.
  • Arte Pela Arte: A poesia vale por si mesma, não tem nenhum tipo de compromisso, e justifica por sua beleza. Faz referências ao prosáico, e o texto mostra interesse a coisas pertinentes a todos.
  • Estética/Culto à forma: Como os poemas não assumem nenhum tipo de compromisso, a estética é muito valorizada. O poeta parnasiano busca a perfeição formal a todo custo, e por vezes, se mostra incapaz para tal. Aspectos importantes para essa estética perfeita são:
  • Rimas Ricas: São evitadas palavras da mesma classe gramatical. Há uma ênfase das rimas do tipo ABAB para estrofes de quatro versos, porém também muito usada as rimas ABBA.
  • Valorização dos Sonetos: É dada preferência para os sonetos, composição dividida em duas estrofes de quatro versos, e duas estrofes de três versos. Revelando, no entanto, a "chave" do texto no último verso.
  • Metrificação Rigorosa: O número de sílabas poéticas deve ser o mesmo em cada verso, preferencialmente com dez (decassílabos) ou doze sílabas(versos alexandrinos), os mais utilizados no período. Ou apresentar uma simetria constante, exemplo: primeiro verso de dez sílabas, segundo de seis sílabas, terceiro de dez sílabas, quarto com seis sílabas, etc.
  • Descritivismo: Grande parte da poesia parnasiana é baseada em objetos inertes, sempre optando pelos que exigem uma descrição bem detalhada como "A Estátua", "Vaso Chinês" e "Vaso Grego" de Alberto de Oliveira.
  • Temática Greco-Romana: A estética é muito valorizada no Parnasianismo, mas mesmo assim, o texto precisa de um conteúdo. A temática abordada pelos parnasianos recupera temas da Antiguidade Clássica, características de sua história e sua mitologia. É bem comum os textos descreverem deuses, heróis, fatos lendários, personagens marcados na história e até mesmo objetos.
Principais autores
  • Alberto de Oliveira
  • Francisca Júlia
  • Olavo Bilac
  • Raimundo Correia
  • Vicente de Carvalho

Simbolismo

Na Europa, o simbolismo inicia-se na última década do século XIX e avança pelo início do século XX, paralelamente as tendências do pré modernismo. O misticismo, o sonho, a fé e a religião passam a ser valores em busca de novos caminhos

O Simbolismo no Brasil começa com as obras Missal e Broquéis ambos escritas por Cruz e Sousa

Características gerais:

  • Uso de figuras de linguagem (sinestesia e aliteração)
  • Musicalidade (A música acima de tudo)
  • Valorização das manifestações espirituais e metafísicas
  • Rebusca valores românticos
  • Aversão ao que é real
  • Amor ao lúdico e sublime
  • Tenta buscar a essência do ser humano
  • Oposição entre matéria e espírito
Principais autores
  • Alphonsus de Guimaraens
  • Cruz e Sousa

Pré-modernismo

O pré-modernismo foi um período literário brasileiro, que marca a transição entre o simbolismo e o movimento modernista seguinte. Em Portugal, o pré-modernismo configura o movimento denominado saudosismo.

O termo pré-modernismo parece haver sido criado por Tristão de Athayde, para designar os "escritores contemporâneos do neo-parnasianismo, entre 1910 e 1920". Representa, assim, um período eclético (que possui várias correntes de ideias, sem se fixar a nenhuma delas).

Embora vários autores sejam classificados como pré-modernistas, este não se constituiu num estilo ou escola literária, dado a forte individualidade de suas obras, mas essencialmente eram marcados por duas características comuns:

Conservadorismo - traziam na sua estética os valores parnasianos e naturalistas;
Renovação - demonstravam íntima relação com a realidade brasileira e as tensões vividas pela sociedade do período.

Embora tenham rompido com a temática dos períodos anteriores, esse autores não avançaram o bastante para serem considerados modernos. Notando-se, até, em alguns casos, resistência às novas estéticas.

Principais autores
  • Augusto dos Anjos
  • Coelho Neto
  • Euclides da Cunha
  • Graça Aranha
  • Lima Barreto
  • Raul de Leoni

Modernismo

Cartaz anunciando o último dia da Semana de Arte Moderna

No Brasil, o Modernismo tem data de nascimento: 11 de fevereiro de 1922, com a Semana de Arte Moderna. Representou uma verdadeira renovação da linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora e na ruptura com o passado. O evento marcou época ao apresentar novas ideias e conceitos artísticos. A nova poesia através da declamação. A nova música por meio de concertos. A nova arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura. O adjetivo "novo", marcando todas estas manifestações, propunha algo a ser recebido com curiosidade ou interesse. Para os modernistas, simbolizados em Mário de Andrade, a prática da poesia tem que ser (ou tem que ter) uma reflexão consciente dos problemas da linguagem, das suas limitações e possibilidades. Além disso vêem no poeta um sujeito criador consciente do texto literário.

O Modernismo deixou marcas nas gerações seguintes, como se observa, em geral, uma maior liberdade lingüística, a desconstrução literária e o introspectivismo. Estes novos elementos foram muito bem explorados por Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto (um mais lírico, outro mais objetivo, concreto), pelos romancistas de 30, na prosa intimista de Clarice Lispector, pelos tropicalistas que são motivo de inspiração até hoje na produção contemporânea.

Principais autores
  • Carlos Drummond de Andrade
  • Clarice Lispector
  • João Cabral de Melo Neto
  • Manuel Bandeira
  • Mário de Andrade
  • Oswald de Andrade
  • Fernando Pessoa
  • Graciliano Ramos

Tendências contemporâneas

É sempre muito difícil se analisar um cenário teórico fazendo parte dele, sem um distanciamento mínimo de tempo e espaço. Mas podemos apontar algumas tendências contemporâneas da literatura brasileira e consideramos o que se tem produzido nos últimos vinte ou trinta anos, pós-ditadura.

Poesia

Na poesia, os nomes hoje já consagrados são aqueles que, de algum modo, dialogam com essas linhas de força da Semana de 22, um diálogo com a função paradoxal de unificar a variedade da produção contemporânea. O impacto do modernismo de 22, porém, foi tamanho que conseguiu produzir também uma diversidade interna, bifurcando a linhagem modernista em:

  1. Uma vertente mais lírica, subjetiva, à Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Drummond;
  2. Outra mais experimental, formalista, à Oswald de Andrade, João Cabral, poesia concreta.

A poesia torna-se, ainda, por um lado mais cotidiana quanto à temática (Adélia Prado, Mário Quintana), e por outro instrumento de pressão contra as ditaduras (Glauco Mattoso, tropicalistas).

Prosa

Contemporaneamente o que vemos no romance brasileiro e, de certa forma, também no luso, que volta a dialogar com o Brasil, é o surgimento do que se chama Geração 90. No Brasil, o grande marco é o romance Subúrbio, de Fernando Bonassi, que deflagraria em 1994 um processo de renovação da prosa urbana (ou, no caso, suburbana), com seu realismo brutal, que trouxe novamente para o centro da cena literária os personagens dos arrabaldes das cidades brasileiras. Cidade de Deus, de Paulo Lins, ficaria célebre pela sua realização cinematográfica.

Outra corrente contemporânea é uma espécie de tópica da condição pós-moderna: a identidade em crise, um extremo do intimismo, que se projeta sobre a estrutura narrativa, cancelando os limites entre o real e o fantasmático, entre o mundo descrito e as distorções interiores de quem o descreve. É o caso de Cristóvão Tezza, João Gilberto Noll, Bernardo Carvalho e Chico Buarque.

Acrescentaria a tais correntes uma espécie de revisão histórica a partir da ficção. Tanto no Brasil (Luiz Antonio de Assis Brasil, Miguel Sanches Neto) quanto em Portugal (Miguel Sousa Tavares) e nos países africanos de língua portuguesa (José Eduardo Agualusa, Mia Couto) aparecem narrativas de formato convencional e que se passam inteiramente no passado, mas não resgatando o passado como forma de contemplação. Atualmente vivemos um momentos barroco, de confusão e crise existencial, um tipo de literatura que está em alta.

Principais autores
  • Chico Buarque
  • Dias Gomes
  • Caio Fernando Abreu