ร meia-noite. As asas de um corvo se misturam ร escuridรฃo. A velha casa em ruรญnas observa com janelas que pareciam olhos. Vocรช jura ouvir a voz de alguรฉm que jรก partiu para o outro lado, bem na hora em que um gato preto cruza seu caminho.Tudo o que hoje conhecemos como terror comeรงou a ganhar forma na obra de Edgar Allan Poe.
Genial e maldito, Poe รฉ considerado o mestre dos mestres da literatura fantรกstica. Stephen King, Clive Barker ou H.P. Lovecraft sรฃo apenas alguns de seus discรญpulos mais sombrios. Porรฉm, com certeza nรฃo sรฃo os รบnicos. Desde o sรฉculo XIX, o criador de “O Corvo” vem influenciando geraรงรตes de escritores consagrados, dos mais diversos gรชneros, como Henry James, Franz Kafka, Arthur Conan Doyle, Jรบlio Verne, Vladimir Nabokov, Oscar Wilde e Jorge Luis Borges.Mais de duzentos anos apรณs seu nascimento, Poe continua atual. Sua obra se mantรฉm em catรกlogo por todos os continentes, nos mais diversos idiomas, e รฉ tema comum em teses de mestrado. Do mundo acadรชmico para a cultura pop, de tempos em tempos as histรณrias fantรกsticas do autor ganham novas adaptaรงรตes no cinema, na TV, na literatura.
De Iron Maiden a Green Day e Os Simpsons; de Vincent Price a Tim Burton; nos quadrinhos de Neil Gaiman ou nas sรฉries The Following e na brasileira Edgar.Onde vocรช procurar, existe o toque do gรชnio. E agora chegou a sua vez de reencontrar ― ou mesmo conhecer ― a obra original em toda a sua grandeza. Os contos que mudaram os rumos da literatura ocidental. Os personagens eternos. A prosa e a poesia escritas ร pena, manchadas de sangue. Finalmente, uma ediรงรฃo nacional ร altura do mestre.
A morte, narradores homicidas, mulheres imortais, aventuras, as histรณrias do detetive Auguste Dupin, personagem que serviu de inspiraรงรฃo para Sherlock Holmes.
Apresenta ainda “O Corvo” na sua versรฃo original, em inglรชs, alรฉm de reunir suas mais importantes traduรงรตes para o portuguรชs: a de Machado de Assis (1883) e a de Fernando Pessoa (1924).
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