As Brumas de Avalon (em inglês: The
Mists of Avalon) é uma obra de 1979 da escritora
Norte Americana Marion Zimmer Bradley feita em quatro
volumes. É ambientada durante a vida do lendário Rei Artur e
seus cavaleiros e tem por escopo narrar a já conhecida lenda arturiana a partir
de uma outra perspectiva. Quem protagoniza a história, nesta versão, são as
personagens femininas, tais como Guinevere, Morgana e
Morgause, o que acabou resultando na reelaboração de todo o universo mítico da
trama. Outros personagens são apresentados aqui como títulos, como a Senhora
do Lago e o Merlin da Bretanha, que
nessa versão deixam de ser personagens específicos para ser os títulos
político-religiosos da matriarca e do patriarca dos celtas pagãos.A Série
A obra foi dividida pela autora em quatro momentos (ou tomos). Na
versão Norte Americana, encontramos todos os volumes num único livro. O romance,
além de narrar cerca de 70 anos ou mais (inicia-se quatro anos após o nascimento
de Morgana e narra fatos dela já em idade bem avançada), explora fatos
históricos preenchendo as lacunas ignoradas sobre a influência do paganismo e
das mulheres na formação da Bretanha. A homossexualidade, tanto a feminina quanto a
masculina, também é superficialmente abordada na obra. Lancelote declara
explicitamente seu amor e desejo por Arthur e, em algumas passagens do livro, é
feita uma insinuação de que Morgana mantém relações com a sacerdotisa Raven.São estas as divisões:
- A Senhora da Magia
- A Grande Rainha
- O Gamo-Rei
- O Prisioneiro da ÁrvoreRelacionados a esta obra, temos Queda de Atlântida (volume
I e II), e Ancestrais de Avalon (póstumo e encerrado por sua
colega), Casa da Floresta, Senhora de Avalon, Sacerdotisa
de Avalon, Brumas de Avalon. No entanto, não foram
desenvolvidos linearmente pela autora, fazendo parte do Ciclo
de Avalon. Como o leitor de Brumas de Avalon pode notar,
Viviane, Morgana, Kevin - O Bardo, Mordred, Igraine e Uther já se encontraram em
outra vida; o primeiro encontro se dá em Queda de Atlântida e
estende-se por Ancestrais de Avalon, com a chegada dos atlantes
à Bretanha.
Em Casa da Floresta, novamente alguns personagens se cruzam em
papéis diferentes. O volume de Senhora de Avalon conta com uma extensão de Casa
da Floresta, tendo aí uma visão mais aprofundada da vida na comunidade de
Avalon, temos um salto na segunda história para a expansão do domínio romano na Bretanha (que
segue-se no livro Sacerdotisa), fechando na terceira história o passado de
Viviane, o que dá gancho para as Brumas. O romance Sacerdotisa de
Avalon, explora a lenda de Santa Helena (território), mãe de Constantino,
primeiro imperador romano cristão (que tinha pais pagãos) e a escolha política
da nova religião para o império. São livros independentes entre si, mas o bom
leitor sente as ligações e compreende a complexidade narrativa desta autora
famosa pela série Darkover, que segue esta linha de desenvolvimento.A Senhora da Magia
O romance não se detém meramente em narrar os fatos políticos e
religiosos que se confrontam na Bretanha. Mais que isso, Marion - famosa por
suas histórias que descobrem o véu do universo feminino - mostra toda a força e
complexidade dos atos e escolhas das mulheres (ignoradas na História das
Civilizações) - abre portas na lenda da Excalibur em
que se encontram o misticismo da origem da espada, ritos pagãos que foram
sufocados pela cristianização, a importância das uniões políticas entre os
povos e o resultado da submissão ou não das mulheres frente aos homens. A primeira metade do volume é centrada basicamente na vida cotidiana da
jovem pagã Igraine, casada contra a vontade com o Duque Gorlois da Cornualha e
passando por uma série de conflitos e alguns poucos momentos felizes ao lado
dele e de sua filha Morgana, ao mesmo tempo em que é pressionada por Avalon a
se casar com Uther Pendragon e, com ele, gerar o filho que salvará a Bretanha:
o futuro Rei Arthur. E embora seja tomada por um amor incontrolável por Uther e
cumpra o que lhe era cobrado, Igraine corta relações com Avalon, passando a se
comportar como uma cristã fervorosa, embora, secretamente, continuasse adorando
a Deusa de Avalon. O restante do volume se centra na adolescência e juventude de Morgana,
levada por Viviane, a Senhora do Lago e irmã mais velha de Igraine, para Avalon
e treinada por anos para se tornar uma sacerdotisa da Deusa. Entretanto, enquanto
Morgana cumpre um dos rituais, Viviane a faz ter relações com seu irmão Arthur,
sem que ambos se reconheçam, com a intenção de fazer com que Morgana gere um
filho da linhagem pura de Avalon, já que a mãe de ambos é da Família Real de
Avalon. Mas quando Morgana descobre que se deitou com o irmão e agora está
grávida dele, sua relação com Viviane se deteriora, fazendo-a abandonar o
sacerdócio e deixar Avalon.
Neste volume temos os fatos que servirão de fundo para o romance:
- o papel da mulher, importância e consequência dos casamentos
arranjados
- o choque de culturas e poderio dos sexos
- como eram realizadas as sucessões de trono
- o ritualismo pagão para a ascensão do novo rei
- o simbolismo por trás de entrega da sagrada espada
- a ascensão de Arthur ao trono, após a morte de UtherA Grande Rainha
No segundo volume, que começa pouco depois da coroação de Arthur como
Grande Rei da Bretanha, há um amadurecimento das personagens, já enfrentando as
conseqüências de suas escolhas. A personagem que recebe maior destaque nesse
volume é Guinevere (Gwenhwyfar), a princesa escolhida para se casar com Arthur
e se tornar a Grande Rainha da Bretanha. Ela é uma cristã fanática, com ideias
extremamente patriarcais e um profundo complexo de inferioridade por ser
mulher. Guinevere se apaixona por Lancelote, o principal cavaleiro de Arthur,
desde que o vê pela primeira vez. E como não consegue dar um filho a Artur,
entende que isso é um castigo de Deus contra seu amor adúltero. Assim, para se
redimir, Guinevere cobra de Arthur que ele se torne o mais cristão dos reis e
tenta impor à Corte um estilo de vida cristão cada vez mais radical. Ao mesmo
tempo, ela desenvolve um ódio crescente contra Morgana, em parte por ela não
aceitar se tornar cristã e viver com a liberdade de uma mulher pagã, em parte
pelo ciúme que sente de Morgana com Lancelote. E Arthur, supondo que o estéril
do Casal Real talvez seja ele, permite que Guinevere se torne amante de
Lancelote, para dar um herdeiro ao trono.Outros acontecimentos:
- Morgana vai para a corte de Morgause, agora já rainha em outra
região por união política
- Nascimento de Mordred, o filho de Morgana e Arthur
- A escolha por meio de dote da noiva do rei
- O começo da formação dos cavaleiros da Távola
Redonda
- As cobranças sobre uma mulher para a existência de um herdeiro
- O isolamento de Morgana
- A morte de Igraine, sem saber que Morgana e Arthur tiveram um filho
juntos
- O Gamo Rei
No penúltimo volume desta série revolucionária, alguns temas tristes e
complexos serão abordados. De modo geral, numa idade já madura nesse volume, os
personagens começam a lamentar as perdas que sofreram ao longo da vida e os
sonhos que não conseguiram concretizar. Já idosa, Viviane é assassinada por Balim filho de uma mulher de quem
ela provocou a morte (a seu próprio pedido) para livrá-la das terríveis dores
de uma doença incurável. Taliesin, o antigo Merlin da Bretanha, também morre de
velhice logo depois. E Kevin, o novo Merlin, assume uma postura cada vez mais
cristã, preocupando profundamente Morgana, que vê nisso a decadência dos ritos
pagãos. Com a morte inesperada de Viviane, sua sucessora Niniane assume o poder
sobre Avalon, tornando-se a nova Senhora do Lago, embora seja jovem demais e ainda
não esteja pronta para isso, deixando os pagãos sem uma matriarca nem um patriarca
forte como os que tinham antes para seguir. Na Corte de Arthur, o caso de
Guinevere e Lancelote logo passa a ser de conhecimento público, tornando-se
piada, pouco depois, em toda a Bretanha. E Lancelote revela a Morgana que sempre
lutou contra uma homossexualidade reprimida. E que, embora se sinta atraído por
Guinevere, Arthur também é desejado e amado por ele (algumas passagens dão a
entender que Arthur também sente algo parecido por Lancelote). Morgana,
através de uma armadilha, faz com que Lancelote seja forçado a se casar com
Elaine e deixar a Corte. Com isso, ela pretendia afastar Lancelote de Guinevere
e Arthur e, ao mesmo tempo, salvar o casamento de Arthur do descrédito em que
vinha caindo diante do povo. Morgana se casa com o Rei de Gales do Norte e
consegue, até um certo ponto, se tornar uma matriarca pagã naquela corte,
embora escondida dos cristãos.O Prisioneiro da
Árvore
Visto que Artur deixa de lado os costumes antigos, traindo assim a
confiança do povo antigo da ilha, Morgana deseja retomar para Avalon o que
havia sido oferecido mediante o juramento na Ilha do Dragão, no volume I. Para
isso, encontra em Acolon, seu jovem enteado criado nos costumes antigos, um
apoio para uma tentativa de retornar aos velhos preceitos. Kevin, sucessor de Taliesin, é acusado de traição por ceder a Artur os
símbolos sagrados (como o Graal) para uma nova interpretação cristã, com
intuito que não fossem assim esquecidos, já que não acreditava mais na
possibilidade de um retorno aos costumes antigos. A punição por sua traição vem
pelas mãos de Nimue, uma filha de Lancelote que foi levada por Morgana a Avalon
e se tornou sacerdotisa. Gwenhwyfar é flagrada por cavaleiros da Távola cometendo adultério com
Lancelote, e ambos fogem do reino. A sucessora de Viviane (Niniane) é morta
acidentalmente por Mordred. Avalon fica sem uma Senhora do Lago. Mordred, agora
homem feito, enfrenta o pai. O desfecho da lenda do Rei Arthur é conhecido, mas
interpretação feita por Marion Z. Bradley reserva muitas surpresas e detalhes -
Como pode-se observar desde o início do livro.LocalizaçãoSegundo o livro, Avalon se localiza ao sul da Bretanha,
atual Inglaterra,
que era uma província do Império
Romano. Vários autores citam a atual cidade de Glastonbury (Somerset) como sendo a
ilha sagrada. Avalon era conhecida também como o País do Verão. É nesse
ambiente fictício que, por volta do século V,
passa-se a história do lendário Rei que teria papel fundamental na Bretanha, no
momento em que o paganismo estava começando a perder terreno para
o cristianismo. O enredo elaborado com maestria e a escrita
maravilhosa de “As Brumas de Avalon” jogam nova luz a antigos
personagens, em especial Morgana das Fadas, Merlim, Lancelote e Gwenhwyfar. Um
romance épico, com violência, ambição, lealdades dolorosas e feitiços assombrosos.Estrelas: 5/5 ⭐⭐⭐⭐ ⭐ Data da primeira publicação: 1982 / Gênero: Romance, Fantasia, Ficção histórica, Literatura fantástica / Capa dura: 968 páginas / Editora: Planeta Edição: 1ª (25 de outubro de 2017)Sobre a AutoraMarion
Zimmer Bradley começou sua destacada carreira como autora em 1961, com
seu primeiro romance, A porta através do espaço. No ano seguinte, escreveu
o primeiro livro da popular série Darkover, A Espada de
Aldones, logo indicado ao Hugo Award. Esta série será adaptada para a TV, pela
Amazon. Seu romance A torre proibida
também foi indicado ao Hugo, e A herança de Hastur, ao Nebula Award. As brumas
de Avalon foi a obra de maior sucesso da carreira de Bradley. Recebeu o Locus
Award em 1984 na categoria Melhor Romance de Fantasia e está entre os mais
vendidos da revista Locus há anos. Bradley morreu em 1999.
As Brumas de Avalon (em inglês: The
Mists of Avalon) é uma obra de 1979 da escritora
Norte Americana Marion Zimmer Bradley feita em quatro
volumes. É ambientada durante a vida do lendário Rei Artur e
seus cavaleiros e tem por escopo narrar a já conhecida lenda arturiana a partir
de uma outra perspectiva.
Quem protagoniza a história, nesta versão, são as
personagens femininas, tais como Guinevere, Morgana e
Morgause, o que acabou resultando na reelaboração de todo o universo mítico da
trama. Outros personagens são apresentados aqui como títulos, como a Senhora
do Lago e o Merlin da Bretanha, que
nessa versão deixam de ser personagens específicos para ser os títulos
político-religiosos da matriarca e do patriarca dos celtas pagãos.
A Série
A obra foi dividida pela autora em quatro momentos (ou tomos). Na
versão Norte Americana, encontramos todos os volumes num único livro. O romance,
além de narrar cerca de 70 anos ou mais (inicia-se quatro anos após o nascimento
de Morgana e narra fatos dela já em idade bem avançada), explora fatos
históricos preenchendo as lacunas ignoradas sobre a influência do paganismo e
das mulheres na formação da Bretanha.
A homossexualidade, tanto a feminina quanto a
masculina, também é superficialmente abordada na obra. Lancelote declara
explicitamente seu amor e desejo por Arthur e, em algumas passagens do livro, é
feita uma insinuação de que Morgana mantém relações com a sacerdotisa Raven.
São estas as divisões:
- A Senhora da Magia
- A Grande Rainha
- O Gamo-Rei
- O Prisioneiro da Árvore
- A Grande Rainha
- O Gamo-Rei
- O Prisioneiro da Árvore
Relacionados a esta obra, temos Queda de Atlântida (volume
I e II), e Ancestrais de Avalon (póstumo e encerrado por sua
colega), Casa da Floresta, Senhora de Avalon, Sacerdotisa
de Avalon, Brumas de Avalon. No entanto, não foram
desenvolvidos linearmente pela autora, fazendo parte do Ciclo
de Avalon. Como o leitor de Brumas de Avalon pode notar,
Viviane, Morgana, Kevin - O Bardo, Mordred, Igraine e Uther já se encontraram em
outra vida; o primeiro encontro se dá em Queda de Atlântida e
estende-se por Ancestrais de Avalon, com a chegada dos atlantes
à Bretanha.
Em Casa da Floresta, novamente alguns personagens se cruzam em
papéis diferentes.
O volume de Senhora de Avalon conta com uma extensão de Casa
da Floresta, tendo aí uma visão mais aprofundada da vida na comunidade de
Avalon, temos um salto na segunda história para a expansão do domínio romano na Bretanha (que
segue-se no livro Sacerdotisa), fechando na terceira história o passado de
Viviane, o que dá gancho para as Brumas.
O romance Sacerdotisa de
Avalon, explora a lenda de Santa Helena (território), mãe de Constantino,
primeiro imperador romano cristão (que tinha pais pagãos) e a escolha política
da nova religião para o império. São livros independentes entre si, mas o bom
leitor sente as ligações e compreende a complexidade narrativa desta autora
famosa pela série Darkover, que segue esta linha de desenvolvimento.
A Senhora da Magia
O romance não se detém meramente em narrar os fatos políticos e
religiosos que se confrontam na Bretanha. Mais que isso, Marion - famosa por
suas histórias que descobrem o véu do universo feminino - mostra toda a força e
complexidade dos atos e escolhas das mulheres (ignoradas na História das
Civilizações) - abre portas na lenda da Excalibur em
que se encontram o misticismo da origem da espada, ritos pagãos que foram
sufocados pela cristianização, a importância das uniões políticas entre os
povos e o resultado da submissão ou não das mulheres frente aos homens.
A primeira metade do volume é centrada basicamente na vida cotidiana da
jovem pagã Igraine, casada contra a vontade com o Duque Gorlois da Cornualha e
passando por uma série de conflitos e alguns poucos momentos felizes ao lado
dele e de sua filha Morgana, ao mesmo tempo em que é pressionada por Avalon a
se casar com Uther Pendragon e, com ele, gerar o filho que salvará a Bretanha:
o futuro Rei Arthur. E embora seja tomada por um amor incontrolável por Uther e
cumpra o que lhe era cobrado, Igraine corta relações com Avalon, passando a se
comportar como uma cristã fervorosa, embora, secretamente, continuasse adorando
a Deusa de Avalon.
O restante do volume se centra na adolescência e juventude de Morgana,
levada por Viviane, a Senhora do Lago e irmã mais velha de Igraine, para Avalon
e treinada por anos para se tornar uma sacerdotisa da Deusa. Entretanto, enquanto
Morgana cumpre um dos rituais, Viviane a faz ter relações com seu irmão Arthur,
sem que ambos se reconheçam, com a intenção de fazer com que Morgana gere um
filho da linhagem pura de Avalon, já que a mãe de ambos é da Família Real de
Avalon. Mas quando Morgana descobre que se deitou com o irmão e agora está
grávida dele, sua relação com Viviane se deteriora, fazendo-a abandonar o
sacerdócio e deixar Avalon.
Neste volume temos os fatos que servirão de fundo para o romance:
- o papel da mulher, importância e consequência dos casamentos
arranjados
- o choque de culturas e poderio dos sexos
- como eram realizadas as sucessões de trono
- o ritualismo pagão para a ascensão do novo rei
- o simbolismo por trás de entrega da sagrada espada
- a ascensão de Arthur ao trono, após a morte de Uther
A Grande Rainha
No segundo volume, que começa pouco depois da coroação de Arthur como
Grande Rei da Bretanha, há um amadurecimento das personagens, já enfrentando as
conseqüências de suas escolhas. A personagem que recebe maior destaque nesse
volume é Guinevere (Gwenhwyfar), a princesa escolhida para se casar com Arthur
e se tornar a Grande Rainha da Bretanha.
Ela é uma cristã fanática, com ideias
extremamente patriarcais e um profundo complexo de inferioridade por ser
mulher. Guinevere se apaixona por Lancelote, o principal cavaleiro de Arthur,
desde que o vê pela primeira vez. E como não consegue dar um filho a Artur,
entende que isso é um castigo de Deus contra seu amor adúltero. Assim, para se
redimir, Guinevere cobra de Arthur que ele se torne o mais cristão dos reis e
tenta impor à Corte um estilo de vida cristão cada vez mais radical.
Ao mesmo
tempo, ela desenvolve um ódio crescente contra Morgana, em parte por ela não
aceitar se tornar cristã e viver com a liberdade de uma mulher pagã, em parte
pelo ciúme que sente de Morgana com Lancelote. E Arthur, supondo que o estéril
do Casal Real talvez seja ele, permite que Guinevere se torne amante de
Lancelote, para dar um herdeiro ao trono.
Outros acontecimentos:
- Morgana vai para a corte de Morgause, agora já rainha em outra
região por união política
- Nascimento de Mordred, o filho de Morgana e Arthur
- A escolha por meio de dote da noiva do rei
- O começo da formação dos cavaleiros da Távola
Redonda
- As cobranças sobre uma mulher para a existência de um herdeiro
- O isolamento de Morgana
- A morte de Igraine, sem saber que Morgana e Arthur tiveram um filho
juntos
- O Gamo Rei
No penúltimo volume desta série revolucionária, alguns temas tristes e
complexos serão abordados. De modo geral, numa idade já madura nesse volume, os
personagens começam a lamentar as perdas que sofreram ao longo da vida e os
sonhos que não conseguiram concretizar. Já idosa, Viviane é assassinada por Balim filho de uma mulher de quem
ela provocou a morte (a seu próprio pedido) para livrá-la das terríveis dores
de uma doença incurável. Taliesin, o antigo Merlin da Bretanha, também morre de
velhice logo depois. E Kevin, o novo Merlin, assume uma postura cada vez mais
cristã, preocupando profundamente Morgana, que vê nisso a decadência dos ritos
pagãos.
Com a morte inesperada de Viviane, sua sucessora Niniane assume o poder
sobre Avalon, tornando-se a nova Senhora do Lago, embora seja jovem demais e ainda
não esteja pronta para isso, deixando os pagãos sem uma matriarca nem um patriarca
forte como os que tinham antes para seguir.
Na Corte de Arthur, o caso de
Guinevere e Lancelote logo passa a ser de conhecimento público, tornando-se
piada, pouco depois, em toda a Bretanha. E Lancelote revela a Morgana que sempre
lutou contra uma homossexualidade reprimida. E que, embora se sinta atraído por
Guinevere, Arthur também é desejado e amado por ele (algumas passagens dão a
entender que Arthur também sente algo parecido por Lancelote).
Morgana,
através de uma armadilha, faz com que Lancelote seja forçado a se casar com
Elaine e deixar a Corte. Com isso, ela pretendia afastar Lancelote de Guinevere
e Arthur e, ao mesmo tempo, salvar o casamento de Arthur do descrédito em que
vinha caindo diante do povo. Morgana se casa com o Rei de Gales do Norte e
consegue, até um certo ponto, se tornar uma matriarca pagã naquela corte,
embora escondida dos cristãos.
O Prisioneiro da
Árvore
Visto que Artur deixa de lado os costumes antigos, traindo assim a
confiança do povo antigo da ilha, Morgana deseja retomar para Avalon o que
havia sido oferecido mediante o juramento na Ilha do Dragão, no volume I. Para
isso, encontra em Acolon, seu jovem enteado criado nos costumes antigos, um
apoio para uma tentativa de retornar aos velhos preceitos. Kevin, sucessor de Taliesin, é acusado de traição por ceder a Artur os
símbolos sagrados (como o Graal) para uma nova interpretação cristã, com
intuito que não fossem assim esquecidos, já que não acreditava mais na
possibilidade de um retorno aos costumes antigos.
A punição por sua traição vem
pelas mãos de Nimue, uma filha de Lancelote que foi levada por Morgana a Avalon
e se tornou sacerdotisa. Gwenhwyfar é flagrada por cavaleiros da Távola cometendo adultério com
Lancelote, e ambos fogem do reino. A sucessora de Viviane (Niniane) é morta
acidentalmente por Mordred. Avalon fica sem uma Senhora do Lago. Mordred, agora
homem feito, enfrenta o pai. O desfecho da lenda do Rei Arthur é conhecido, mas
interpretação feita por Marion Z. Bradley reserva muitas surpresas e detalhes -
Como pode-se observar desde o início do livro.
Localização
Segundo o livro, Avalon se localiza ao sul da Bretanha,
atual Inglaterra,
que era uma província do Império
Romano. Vários autores citam a atual cidade de Glastonbury (Somerset) como sendo a
ilha sagrada. Avalon era conhecida também como o País do Verão. É nesse
ambiente fictício que, por volta do século V,
passa-se a história do lendário Rei que teria papel fundamental na Bretanha, no
momento em que o paganismo estava começando a perder terreno para
o cristianismo.
O enredo elaborado com maestria e a escrita
maravilhosa de “As Brumas de Avalon” jogam nova luz a antigos
personagens, em especial Morgana das Fadas, Merlim, Lancelote e Gwenhwyfar. Um
romance épico, com violência, ambição, lealdades dolorosas e feitiços assombrosos.
Estrelas: 5/5 ⭐⭐⭐⭐ ⭐ Data da primeira publicação: 1982 / Gênero: Romance, Fantasia, Ficção histórica, Literatura fantástica / Capa dura: 968 páginas / Editora: Planeta Edição: 1ª (25 de outubro de 2017)
Sobre a Autora
Marion
Zimmer Bradley começou sua destacada carreira como autora em 1961, com
seu primeiro romance, A porta através do espaço. No ano seguinte, escreveu
o primeiro livro da popular série Darkover, A Espada de
Aldones, logo indicado ao Hugo Award. Esta série será adaptada para a TV, pela
Amazon. Seu romance A torre proibida
também foi indicado ao Hugo, e A herança de Hastur, ao Nebula Award. As brumas
de Avalon foi a obra de maior sucesso da carreira de Bradley. Recebeu o Locus
Award em 1984 na categoria Melhor Romance de Fantasia e está entre os mais
vendidos da revista Locus há anos. Bradley morreu em 1999.
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