24 de fevereiro de 2024

Dica de Leitura: Hell House - A Casa do Inferno

A Mansão Belasco desponta imponente no horizonte. Poderia uma casa concentrar uma malignidade tão violenta a ponto de destruir seus habitantes com suas chamas? Há décadas, a casa desafia ― e vence ― todos os que ousam perscrutar seus segredos. Mas essa história está prestes a mudar. 
Convocados por um milionário que, à beira da morte, quer respostas sobre o que o espera no além, quatro membros de uma equipe investigativa rumam para a diabólica mansão, dispostos a desvendar seus mistérios e derrotar, de uma vez por todas, as presenças malignas que assombram o local. 
No entanto, como descobrem da maneira mais chocante possível, é preciso mais do que coragem para encarar um mal tão antigo e potente. 
Em Hell House: A Casa do Inferno, Richard Matheson (de Eu Sou a Lenda) mergulha na tradição das casas assombradas prestando homenagem a clássicos do gênero, como “A Queda da Casa de Usher”, de Edgar Allan Poe, e Hill House, de Shirley Jackson. Mas, apesar do diálogo com obras pregressas, a contribuição de Matheson à arquitetura assombrada do horror é repleta de originalidade. 
Seu texto ágil mescla imagens fortes com diálogos afiados para criar um romance realmente infernal. Parte da coleção Dark House, a edição da Caveira chega para comemorar 50 anos da publicação do romance. 
E para que os leitores investiguem a Mansão Belasco junto com os protagonistas, trazemos uma apresentação sobre o legado das narrativas de assombração e um breve passeio pela história da parapsicologia, assinado por Vinicius Loureiro, tradutor da obra. 
Desafiamos os leitores a cruzarem os portões desta mansão macabra em nossa companhia. Só não garantimos uma noite tranquila de sono depois... Dark House é a nova coleção da DarkSide® Books, arquitetada para homenagear as narrativas de assombração que habitam nossos pesadelos. Entregamos as chaves e desejamos boa sorte. 
Respirem fundo, fechem as janelas e tranquem bem as portas. A noite está apenas começando... 
Editora: Darkside; 1ª edição (3 novembro 2021) Idioma: Português Capa dura: 336 páginas
Sobre o Autor:
Richard Matheson (1926-2013) é autor de muitos romances clássicos. Escreveu em uma variedade de gêneros, incluindo terror, fantasia, horror, paranormal, suspense e ficção científica. Além dos romances, escreveu para inúmeras séries de tv (incluindo The Twilight Zone e Star Trek) e vários filmes. 
Muitos dos romances e histórias de Matheson foram adaptados para o cinema, incluindo Hell House, que aqui ganhou o título A Casa da Noite Eterna (1973), além de A Incrível Mulher que Encolheu (1981), Em Algum Lugar do Passado (1980) e Eu Sou a Lenda (2007). 
Seus prêmios incluem o World Fantasy e Bram Stoker Awards, pela prolífica carreira como autor, além do Hugo Award, Edgar Award, Spur Award para Best Western Novel, prêmios do Writer’s Guild. Em 2010, passou a integrar o Science Fiction Hall of Fame.
Disponível: AMAZON

15 de fevereiro de 2024

Dica de Leitura: Tudo sobre cinema

Se você ama cinema e deseja aprender mais sobre a sétima arte, este livro não pode faltar na sua biblioteca. Organizado cronologicamente e escrito por uma experiente equipe de críticos especializados, este é um guia instigante sobre a história do cinema, incrementado com análises aprofundadas das obras-primas e ilustrado com imagens de cenas inesquecíveis. 
• Abrange todos os gêneros e movimentos cinematográficos, como clássicos do cinema mudo, épicos, filmes de gângster, musicais, a nouvelle vague e o cinema latino-americano. 
• Traz a cronologia dos principais acontecimentos, ajudando a compreender o contexto sociocultural em que as obras foram produzidas. 
• Apresenta a história do cinema de maneira acessível, numa diagramação que facilita a leitura, contendo mais de 1.100 ilustrações. 
• Proporciona uma viagem ao mundo do cinema – o glamour, as frustrações, o sucesso, o fracasso e o dia a dia das grandes estrelas.
Editora: ‎ Editora Sextante; 1ª edição (18 outubro 2011) Idioma: ‎ Português Capa comum: ‎ 576 páginas
Sobre o Autor
Philip Kemp é crítico, historiador de cinema e colaborador das revistas Sight and Sound, Total Film e DVD Review. Leciona jornalismo cinematográfico nas Universidades de Leicester e Middlesex, na Inglaterra, e é autor do livro Lethal Innocence: The Cinema of Alexander Mackendrick.
Disponível: AMAZON

11 de fevereiro de 2024

Os 10 livros mais vendidos de 2023

1 – Café com Deus pai (de Junior Rostirola)
A vida é cheia de desafios. Não são poucas as vezes em que acordamos pensando em uma fórmula que resolva todos os nossos problemas, tanto os que já conhecemos como aqueles que enfrentaremos um dia. Porém, a verdade é que o único momento capaz de ser vivido é o presente, e nada adianta gastarmos tempo com questões que fogem do nosso controle. Agora, imagine ter a chance de parar por alguns instantes e desfrutar de um agradável momento com alguém que tenha a resposta para todas as suas preocupações.
Essa é a experiência que você encontrará no decorrer destas páginas. Ao longo de devocionais diários, o convidamos para um encontro com Deus que, além de ensinar um novo modo de apreciar uma xícara de café, mostrará como a vida também pode ser saboreada. Sim, o Pai deseja tomar café com você. E o sabor desse grão será incomparável a tudo o que já provou. 
2 – É assim que acaba (de Colleen Hoover) 
Em É assim que acaba, Colleen Hoover nos apresenta Lily, uma jovem que se mudou de uma cidadezinha do Maine para Boston, se formou em marketing e abriu a própria floricultura. E é em um dos terraços de Boston que ela conhece Ryle, um neurocirurgião confiante, teimoso e talvez até um pouco arrogante, com uma grande aversão a relacionamentos, mas que se sente muito atraído por ela. Quando os dois se apaixonam, Lily se vê no meio de um relacionamento turbulento que não é o que ela esperava. Mas será que ela conseguirá enxergar isso, por mais doloroso que seja? É assim que acaba é uma narrativa poderosa sobre a força necessária para fazer as escolhas certas nas situações mais difíceis. Considerada a obra mais pessoal de Hoover, o livro aborda sem medo alguns tabus da sociedade para explorar a complexidade das relações tóxicas, e como o amor e o abuso muitas vezes coexistem em uma confusão de sentimentos.
3 – É assim que começa (de Colleen Hoover) 
Lily Bloom continua administrando uma floricultura. Seu ex-marido abusivo, Ryle Kincaid, ainda é um cirurgião. Mas agora os dois estão oficialmente divorciados e dividem a guarda da filha, Emerson. Quando Lily esbarra em Atlas – com quem não fala há quase dois anos -, parece que finalmente chegou o momento de retomar o relacionamento da adolescência, já que ele também está solteiro e parece retribuir os sentimentos de Lily. Mas apesar de divorciada, Lily não está exatamente livre de Ryle. Culpando Atlas pelo fim de seu casamento, Ryle não está nada disposto a aceitar o novo relacionamento de Lily, ainda mais com Atlas, o último homem que aceitaria ver perto de sua filha e da ex-esposa. Alternando entre os pontos de vista de Atlas e Lily, É assim que começa retoma logo após o epílogo de É assim que acaba. Revelando mais sobre o passado de Atlas e acompanhando a jornada de Lily para abraçar a sua segunda chance, no amor enquanto lida com um ex-marido ciumento, É assim que começa prova que ninguém entrega uma leitura mais emocionante do que Colleen Hoover
4 – Onde estão as flores? (de Ilko Minev) 
Licco Razan é um velho vivido que quer contar a sua história para que a família entenda toda uma trajetória que começou na distante Bulgária, passou pela Turquia e foi se enraizar na Amazônia. Minev, um imigrante que foi exilado político na Bélgica, antes de vir para o Brasil e sentiu na pele a ação terrível de um regime totalitário e as dificuldades de fazer sua uma terra com hábitos e costumes tão diferentes, utiliza-se de uma mistura elementos históricos com uma narrativa muito rica e fluida para criar Onde estão as flores? Esta é uma leitura que traça um panorama histórico da Europa, contando o até então inédito salvamento dos 50 mil judeus búlgaros, dando detalhes do fluxo migratório dos judeus para a pouco habitada Região Norte do país, e defendendo sem fazer ideologismo um mundo sem guerras. Seu título é inspirado na canção “Where have all the flowers gone?”, eternizada por Marlene Dietrich.
5 – Mais esperto que o diabo (de Napoleon Hill) 
Neste livro, inédito no Brasil, você vai descobrir, após 75 anos de segredo, por meio dessa entrevista exclusiva que Napoleon Hill fez, quebrando o código secreto da mente do Diabo: Quem é o Diabo? Onde ele habita? Quais suas principais armas mentais? Quem são os alienados e de que forma eles ou elas se alienam? De que forma o Diabo influencia a nossa vida do dia a dia?
Como a sua dominação influencia nossas atitudes? O que é o medo? Como nossos líderes religiosos e nossos professores são afetados pelo Diabo? Quais as armas que nós, seres humanos, possuímos para combater a dominação do Diabo? Qual a visão do Diabo sobre a energia sexual? Como buscar uma vida cheia de realizações, valorizando a felicidade e a liberdade? Essas perguntas e muitas outras são respondidas pelo próprio Diabo, que se autodenomina “Sua Majestade”, de acordo com Napoleon Hill. O seu propósito, escrito com suas próprias palavras, é ajudar o ser humano a descobrir o seu real potencial, desvendando as armadilhas mentais que os homens e as mulheres deste mundo criam para si mesmos, sabotando a sua própria liberdade e o seu próprio direito de viver uma vida cheia de desafios, alegria e liberdade. Escrito em 1938, após uma das maiores crises econômicas, este livro não somente é uma fonte de inspiração e coragem, mas deve ser considerado um manual para todas aquelas pessoas que desejam.
6 – A biblioteca da meia-noite (de Matt Haig) 
Aos 35 anos, Nora Seed é uma mulher cheia de talentos e poucas conquistas. Arrependida das escolhas que fez no passado, ela vive se perguntando o que poderia ter acontecido caso tivesse vivido de maneira diferente. Após ser demitida e seu gato ser atropelado, Nora vê pouco sentido em sua existência e decide colocar um ponto final em tudo. Porém, quando se vê na Biblioteca da Meia-Noite, Nora ganha uma oportunidade única de viver todas as vidas que poderia ter vivido. Neste lugar entre a vida e a morte, e graças à ajuda de uma velha amiga, Nora pode, finalmente, se mudar para a Austrália, reatar relacionamentos antigos – ou começar outros –, ser uma estrela do rock, uma glaciologista, uma nadadora olímpica… enfim, as opções são infinitas. Mas será que alguma dessas outras vidas é realmente melhor do que a que ela já tem? Em A Biblioteca da Meia-Noite, Nora Seed se vê exatamente na situação pela qual todos gostaríamos de poder passar: voltar no tempo e desfazer algo de que nos arrependemos. Diante dessa possibilidade, Nora faz um mergulho interior viajando pelos livros da Biblioteca da Meia-Noite até entender o que é verdadeiramente importante na vida e o que faz, de fato, com que ela valha a pena ser vivida. 
7 – O poder da autorresponsabilidade (de Paulo Vieira) 
Muitas pessoas têm consciência de que precisam assumir as rédeas da própria vida, porém não sabem como fazer isso na prática. Este livro traz ao leitor o conceito de autorresponsabilidade. Trata-se de um manual que apresenta a metodologia das 6 leis para a conquista da autorresponsabilidade, de modo que o leitor assuma o comando de sua vida. 1. Calar-se em vez de criticar. 2. Dar sugestão em vez de reclamar. 3. Buscar a solução em vez de buscar culpados. 4. Fazer-se de vencedor em vez de vitimizar-se. 5. Aprender com os erros em vez de justificá-los. 6. Julgar as atitudes, e não as pessoas. 
8 – Tudo é rio (de Carla Madeira) 
Com uma narrativa madura, precisa e ao mesmo tempo delicada e poética, o romance narra a história do casal Dalva e Venâncio, que tem a vida transformada após uma perda trágica, resultado do ciúme doentio do marido, e de Lucy, a prostituta mais depravada e cobiçada da cidade, que entra no caminho deles, formando um triângulo amoroso. Na orelha do livro, Martha Medeiros escreve: “Tudo é rio é uma obra-prima, e não há exagero no que afirmo. É daqueles livros que, ao ser terminado, dá vontade de começar de novo, no mesmo instante, desta vez para se demorar em cada linha, saborear cada frase, deixar-se abraçar pela poesia da prosa. Na primeira leitura, essa entrega mais lenta é quase impossível, pois a correnteza dos acontecimentos nos leva até a última página sem nos dar chance para respirar. É preciso manter-se à tona ou a gente se afoga”. A metáfora do rio se revela por meio da narrativa que flui – ora intensa, ora mais branda – de forma ininterrupta, mas também por meio do suor, da saliva, do sangue, das lágrimas, do sêmen, e Carla faz isso sem ser apelativa, sem sentimentalismo barato, com a habilidade que só os melhores escritores possuem. 
9 – Quem pensa enriquece: o legado (de Napoleon Hill)
O 9º livro mais vendido de todos os tempos, que influencia líderes e empreededores em todo o mundo, agora em uma edição especial atualizada para o século XXI. O clássico best-seller sobre o sucesso agora anotado e acrescido de exemplos modernos, comprovando que a filosofia da realização pessoal de Napoleon Hill permanece atual e ainda orienta aqueles que são bem-sucedidos. 
10 – Minutos de sabedoria (de C. Torres Pastorino) 
É um pequeno grande livro de bolso repleto de pensamentos que inspiram e alentam. Apresenta reflexões, pensamentos, conselhos curtos e penetrantes que auxiliam nas horas difíceis e, nos momentos leves, alegram e elevam a alma. Os temas são de serenidade, paz e harmonia. E a Editora Vozes traz 10 novas opções de capas para que você possa escolher a que mais combina com o seu estilo.
Disponível:NCSTOTAL

8 de fevereiro de 2024

Dica deLeitura: A Metade Sombria

Criar George Stark foi fácil. Se livrar dele, nem tanto.

Há anos, Thad Beaumont vem escrevendo, sob o pseudônimo George Stark, thrillers violentos que pagam as contas da família, mas não são considerados “livros sérios” pelo escritor. Quando um jornalista ameaça expor o segredo, Thad decide abrir o jogo primeiro, e dá um fim público ao pseudônimo.
Beaumont volta a escrever sob o próprio nome, e seu alter ego ameaçador está definitivamente enterrado. Tudo vai bem. Até que uma série de assassinatos tem início, e todas as pistas apontam para Thad. Ele gostaria de poder dizer que é inocente, que não participou dos atos monstruosos acontecendo ao seu redor. Mas a verdade é que George Stark não ficou feliz de ser dispensado tão facilmente, e está de volta para perseguir os responsáveis por sua morte.
Editora ‏ : ‎ Suma; 1ª edição (21 março 2019) Idioma ‏ : ‎ Português Capa dura ‏ : ‎ 464 páginas
Sobre o Autor:

Sobre o Autor:
STEPHEN KING é autor de mais de cinquenta livros best-sellers no mundo, entre eles clássicos do terror, como Carrie, a estranha, O iluminado e IT ― A coisa. Ele mora em Bangor, no Maine, com a esposa, a escritora Tabitha King.
Disponível: AMAZON

4 de fevereiro de 2024

Dica de Leitura: História do cinema mundial

Fruto de três anos de profundas pesquisas, História do cinema mundial traz um viés inédito para o estudo do tema: o enfoque geográfico e cultural da sétima arte. Na primeira parte do livro, Franthiesco Ballerini explica como se formaram as principais indústrias cinematográficas do mundo, como Hollywood e Bollywood. 
Em seguida, passeia pelos movimentos cinematográficos mais emblemáticos do planeta – como o Neorrealismo italiano e a Nouvelle Vague francesa. 
Na terceira parte, o autor faz uma análise do melhor cinema feito em cada continente, especificando aspectos culturais, estéticos e de linguagem. Utilizando o didatismo que lhe é característico, Ballerini se dirige a estudantes de artes e comunicação, profissionais do cinema e do audiovisual, professores e artistas. 
Na obra, o leitor também encontrará: pequenas sinopses dos filmes mais importantes; curiosidades sobre os bastidores da indústria cinematográfica; listas com os filmes essenciais; lindas fotografias que ajudam a contar a história de cada capítulo; índice onomástico composto por todas as películas citadas e por diretores, atores e produtores.
Detalhes do produto Editora: ‎ Summus Editorial; 1ª edição (3 fevereiro 2020) Idioma: ‎ Português Capa comum: ‎ 320 páginas
Sobre o Autor:
Franthiesco Ballerini é doutor em Comunicação Midiática pela Universidade Metodista (Umesp). Foi repórter e crítico do Grupo Estado por oito anos, com reportagens em países como México, Canadá, Estados Unidos, Índia e Argentina. Foi colaborador das revistas Bravo! e Cult, além de colunista cultural da Rádio Eldorado, da TV Gazeta e do Observatório da Imprensa. 
É autor dos livros Diário de Bollywood; Cinema brasileiro no século 21; Jornalismo cultural no século 21; e Poder suave (soft power), finalista do 60º Prêmio Jabuti na categoria Economia Criativa (todos publicados pela Summus). Tem experiência como professor de graduação e pós-graduação em diversas instituições.
Disponível: AMAZON

1 de fevereiro de 2024

Dica de Leitura: O que é o cinema?

Clássico dos clássicos entre os escritos sobre cinema, este livro é uma aula sobre a sétima arte e suas relações com fotografia, teatro e literatura, e, sobretudo, uma escola definitiva sobre o fazer crítico. A variedade de temas caros à história do cinema neste volume indica a versatilidade e a generosidade de André Bazin. 

Com um estilo claro e acessível, ele transita das escolas italiana e soviética ao universo do western e das pin-ups, o que fez com que, merecidamente, tenha se transformado num dos maiores críticos modernos. 

Considerado um dos maiores críticos do pós-guerra, Bazin produziu a maior parte dos textos reunidos aqui no contexto dos cineclubes parisienses, entre 1945 e 1958. Fundador da revista francesa Cahiers du Cinéma, o crítico esteve na linha de frente da produção cinematográfica do período, convivendo com cineastas como os jovens Jean-Luc Godard, Eric Rohmer e François Truffaut, seu filho adotivo. Mais tarde, os cineastas dessa geração tomariam Bazin como mentor da nouvelle vague. 

A presente edição reune 36 textos de André Bazin, bem como uma apresentação e um apêndice assinado pelo crítico e professor de cinema Ismail Xavier, que dá conta da influência bazaniana na teoria e crítica de cinema em nosso país, em especial, personificada na figura de Paulo Emílio Sales Gomes.
Editora ‏ : ‎ Ubu Editora; 1ª edição (1 fevereiro 2018) Idioma ‏ : ‎ Português Capa comum ‏ : ‎ 448 páginas
Sobre o Autor:
Bazin nasceu em Angers na França. Era de formação católica, com vagas tendências existencialistas e de esquerda. Sua tartamudez o impediu de ser professor. O que ele foi, de outra forma, através de comentários informais em cineclubes parisienses e sendo, de fato, o editor-chefe dos Cahiers du Cinéma durante quase uma década. 

Comenta-se que a melhor parte de sua crítica se perdeu, pois se deu nesse ambiente de discussões e comentários no contexto da projeção de filmes. Também, regularmente, deu palestras para os estudantes do Institut des hautes études cinématographiques (IDHEC), o Instituto de Estudos Superiores de Cinematografia, com sede em Paris. Morreu de leucemia. Tinha apenas 40 anos. Comenta-se que apreciava a companhia de animais, especialmente gatos. Foi o mentor da Nouvelle Vague francesa, sendo amigo pessoal de cineastas como Éric Rohmer e François Truffaut - de quem foi como um pai adotivo.

Teoria do cinema:
Bazin principiou a escrever sobre cinema em 1943 e foi co-fundador dos Cahiers du Cinéma em 1951, na companhia de Jacques Doniol-Valcroze e Lo Luca. Bazin foi uma força motriz nos estudos e crítica de cinema de após a Segunda Guerra Mundial. Além de editar os Cahiers até o fim da vida, uma coletânea de quatro volumes de seus textos foi publicada postumamente entre 1958 e 1962 sob o título de Qu'est-ce que le cinéma? (O que é o cinema?). 

Em tradução de Eloisa de Araújo Ribeiro e prefácio do crítico Ismail Xavier, alguns desses artigos e ensaios foram publicados no Brasil, em um só volume, pela Editora Brasiliense, sob o título de O Cinema - Ensaios. Bazin defendia filmes que versavam sobre o que ele chamava de "realidade objetiva" (tais como documentários e as produções do neo-realismo italiano) assim como diretores que se "auto-invisibilizavam" (a exemplo de Howard Hawks). 

Ele propunha o uso da profundidade de campo (Orson Welles), planos gerais (Jean Renoir) e o plano-sequência, além de dar preferência ao que ele denominava "verdadeira continuidade" diante de experimentos de montagem e efeitos visuais. Isto o pôs em contraposição às teorias do cinema dos anos 20 e 30 que enfatizavam o modo como o cinema podia manipular a realidade. 

A ênfase na realidade objetiva, profundidade de campo e ausência de montagem estão vinculadas à convicção de Bazin de que a interpretação de um filme ou cena deve ser deixada ao espectador. Sobre essa teoria da objetividade fotográfica em Bazin, nos diz Éric Rohmer: "o que importa a Bazin não é, portanto, a semelhança entre o cinema e a pintura, mas as suas diferenças. 

Como a fotografia o cinema é também filho da mecânica: 'pela primeira vez entre o objeto inicial e sua representação não se interpõe mais que um outro objeto. Pela primeira vez a imagem do mundo exterior se forma autonomamente, sem intervenção humana'". Bazin acreditava que um filme devia representar a visão pessoal de um cineasta, baseando-se para isso numa tendência espiritual chamada "personalismo". 

Essas ideias tiveram uma importância capital para o desenvolvimento da "teoria do autor", cujo manifesto foi o artigo de François Truffaut "Uma certa tendência do cinema francês" ("Une certaine tendence du cinéma français"), publicado nos Cahiers. Bazin é também conhecido como proponente de uma "crítica apreciativa", em que só os críticos que gostaram de um filme poderiam escrever a respeito dele, encorajando assim uma perspectiva construtiva.
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