30 de março de 2018

Edgar Allan Poe: Músicas

The Alan Parsons Project
Tales of Mystery and Imagination (Contos de Mistério e Imaginação) 
É o álbum de estúdio de estreia da banda britânica de rock progressivo The Alan Parsons Project. Foi lançado em 1º de maio de 1976 pela 20th Century Fox Records nos Estados Unidos, e em 1º de junho de 1976 pela Charisma Records internacionalmente. Os temas líricos e musicais do álbum, re-contagens de histórias e poesias de horror escritas por Edgar Allan Poe, atraíram uma audiência cult. O título em si é tomado de uma coleção de histórias macabras do Poe, publicada primeiramente em 1908, e re-impressa mutias vezes desde então. O álbum foi nomeado, pela Classic Rock magazine, como um dos "50 Álbuns Que Construíram o Prog Rock".
- FULL ALBUM - 
Artic Monkeys 
Música que faz parte do album AM, o quinto de estúdio da banda britânica. Ele foi lançado em 9 de setembro de 2013.

You’re so Dark You’re so Dark 
(Você É Tão Sombria) 

Você tem seu H. P. Lovecraft 
Seu Edgar Allan Poe 
Você tem sua crueldade de corvos 
E seu bando de corvos 

Delineado gatinho e sua capa de Drácula 
Tem passe livre Nos portões do cemitério 
Mas eu te quero tanto 
Você é tão sombria, baby 

Você é tão sombria 
Você é tão sombria 
Você é tão sombria 

E você é tão misteriosa 
Tem essa obsessão com a morte 
Te vi dirigindo seu Prius 
E mesmo isso parecia Munster Koach-esco 
Você assiste terror italiano e escuta as trilhas 
Roupa de couro e colar com espinhos 
Eu te quero de quatro 
Porque você é tão sombria, baby 

Mas eu te quero tanto Você é tão sombria, baby 
Sei que você não é nada como a minha 
Porque ela anda no brilho do sol 
E seu amor nos rasgará 
E eu sei que não sou seu tipo 
Porque não me esquivo da luz do dia 
Mas baby, estou disposto a começar 
Você é tão sombria 

Você tem seu H. P. Lovecraft 
Seu Edgar Allan Poe 
Você tem sua crueldade de corvos 
E seu bando de corvos 
Você é tão sombria, baby 
Mas eu te quero tanto 

Você é tão sombria, baby 
Mas eu te quero tanto 
Você é tão sombria, oh 
Mas eu te quero tanto 
Você é tão sombria, baby.
Murders in the Rue Morgue - Iron Maiden
A música "Murders in the Rue Morgue" foi baseada em um conto homônimo do escritor Edgar Allan Poe. "Rue Morgue" é uma rua fictícia em Paris que em português significa "Rua da Morgue". Fez parte do album - Killers -  que foi o segundo álbum de estúdio, lançado em 02 de fevereiro de 1981.
Tristania - My Lost Lenore 
(Minha Lenore Perdida)

Coração dançante eu lamento 
Meu desejo perdido 
Coração dançante eu lamento 

Violente eternamente minha alma 
Por tua promessa lamentada por seus olhos de corvo 
Por sua beleza e um nascer do sol escarlate 

Possa teu rio sepultar suas lágrimas prateadas 
Um anjo caído consagrado em mares enluarados 
Deixando a vitalidade 

Tão serena cria-se minha escuridão 
Suplicando ventos de inverno 
Ainda que eu parta, eu abraço a ti 

Noite de inverno 
Oculte tua preciosa sabedoria angelical 
Eu segrego minha alma 

Sob tuas asas do sofrimento 
Escuridão eu abraço teus olhos 
Viagem perdida no estreito caminho da vida 

Eu revelo meu coração 
Para esta beleza vestida de preto 
Coração dançante eu lamento 

Meu desejo perdido 
Coração dançante eu lamento 
Violente eternamente minha alma 

Quanto minha alma devotadamente moldada 
Minha lua surgirá com perda 
Angustiantes olhos de corvo 

Cai adormecido com o nascer do sol 
Deleitável brisa de solstício de verão 
Ainda que eu parta... eu espero por ti 

Noite de inverno 
Oculte tua preciosa sabedoria angelical 
Eu segrego minha alma 

Sob tuas asas do sofrimento 
Escuridão eu abraço teus olhos 
Viagem perdida no estreito caminho da vida 

Eu revelo meu coração 
Para esta beleza vestida de preto 
Conceda-me tua última brisa de solstício de verão 

Possa tu erguer-se do sono eterno ... minha paixão 
Dance comigo sob teus mares enluarados 
Espiando ansiosamente dentro do abismo 

Uma fria e exaustiva noite 
Noite de inverno 
Descendo-me como flocos de neve 

Eu abraço o frio 
Por uma vida tão seguinte 
Escuridão eu abraço teu coração 

Viajante perdido além dos véus da madrugada 
Eu oculto tua perda 
Encantado em vida ainda silencioso eu lamento 

Minha Lenore perdida...

16 de março de 2018

O Corvo - Edgar Allan Poe


O Corvo - Edgar Allan Poe 
Tradução: Machado de Assis
                   
Em certo dia, à hora, à hora

Da meia-noite que apavora,

Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho,
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."

Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia

A sua última agonia.
Eu, ansioso pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora. 
E que ninguém chamará mais.
E o rumor triste, vago, brando
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido,
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui no peito,
Levantei-me de pronto, e: "Com efeito,
(Disse) é visita amiga e retardada
Que bate a estas horas tais.
É visita que pede à minha porta entrada:
Há de ser isso e nada mais."

Minh'alma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo e desta sorte
Falo: "Imploro de vós, — ou senhor ou senhora,
Me desculpeis tanta demora.
Mas como eu, precisando de descanso,
Já cochilava, e tão de manso e manso
Batestes, não fui logo, prestemente,
Certificar-me que aí estais."
Disse; a porta escancaro, acho a noite somente,
Somente a noite, e nada mais.

Com longo olhar escruto a sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta;
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu, como um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.

Entro coa alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais forte; eu, voltando-me a ela:
"Seguramente, há na janela
Alguma cousa que sussurra. Abramos,
Eia, fora o temor, eia, vejamos
A explicação do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais.
Devolvamos a paz ao coração medroso,
Obra do vento e nada mais."

Abro a janela, e de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady. E pronto e reto,
Movendo no ar as suas negras alas,
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas;
Trepado fica, e nada mais.

Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gesto severo, — o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: "O tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais;
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o corvo disse: "Nunca mais".

Vendo que o pássaro entendia
A pergunta que lhe eu fazia,
Fico atônito, embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera.
Na verdade, jamais homem há visto
Cousa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este é seu nome: "Nunca mais".

No entanto, o corvo solitário
Não teve outro vocabulário,
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda a sua alma resumisse.
Nenhuma outra proferiu, nenhuma,
Não chegou a mexer uma só pluma,
Até que eu murmurei: "Perdi outrora
Tantos amigos tão leais!
Perderei também este em regressando a aurora."
E o corvo disse: "Nunca mais!"

Estremeço. A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência
Que ele trouxe da convivência
De algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacável destino há castigado
Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
Que dos seus cantos usuais
Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,
Esse estribilho: "Nunca mais".

Segunda vez, nesse momento,
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me defronte ao corvo magro e rudo;
E mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera
Achar procuro a lúgubre quimera,
A alma, o sentido, o pávido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase: "Nunca mais".

Assim posto, devaneando,
Meditando, conjeturando,
Não lhe falava mais; mas, se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrasava.
Conjeturando fui, tranquilo a gosto,
Com a cabeça no macio encosto
Onde os raios da lâmpada caíam,
Onde as tranças angelicais
De outra cabeça outrora ali se desparziam,
E agora não se esparzem mais.

Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso,
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turíbulo invisível;
E eu exclamei então: "Um Deus sensível
Manda repouso à dor que te devora
Destas saudades imortais.
Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora."
E o corvo disse: "Nunca mais".

“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?"
E o corvo disse: "Nunca mais".

“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!
Por esse céu que além se estende,
Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
No éden celeste a virgem que ela chora
Nestes retiros sepulcrais,
Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!”
E o corvo disse: "Nunca mais."

“Ave ou demônio que negrejas!
Profeta, ou o que quer que sejas!
Cessa, ai, cessa! clamei, levantando-me, cessa!
Regressa ao temporal, regressa
À tua noite, deixa-me comigo.
Vai-te, não fique no meu casto abrigo

Pluma que lembre essa mentira tua.
Tira-me ao peito essas fatais
Garras que abrindo vão a minha dor já crua."
E o corvo disse: "Nunca mais".

E o corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e, fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!

12 de março de 2018

R.E.M

Out of Time
É um álbum da banda estado-unidense R.E.M. gravado em 1991. Conta com alguns dos maiores sucessos da banda, como "Losing my Religion", "Shine Happy People", "Near Wild Heaven" e "Country Feedback", canções que a banda ainda inclui nos concertos de atualmente. É o único álbum da banda em que foram lançados oito vídeos musicais.
1.   "Radio Song" — 4:13
2.   "Losing My Religion" — 4:26
3.   "Low" — 4:55
4.   "Near Wild Heaven" — 3:17
5.   "Endgame" — 3:48
6.   "Shiny Happy People" — 3:45
7.   "Belong" — 4:05
8.   "Half a World Away" — 3:26
9.   "Texarkana" — 3:37
10. "Country Feedback" — 4:07
11. "Me in Honey" — 4:06
John Michael Stipe (Decatur, 4 de Janeiro de 1960) é um cantor americano, vocalista da extinta banda de rock R.E.M..
Stipe é conhecido por seu estilo de cantar "rangendo seus dentes" no começo de sua carreira, pelo surrealismo complexo de suas letras, e pelo seu ativismo político e social. Stipe e os outros membros da R.E.M. também são conhecidos como pioneiros do rock alternativo, pois inspiraram alguns dos grupos da cena alternativa da década de 1990, como Nirvana, Pearl Jam e Radiohead. Stipe também lidou com o estilo visual do R.E.M., geralmente selecionando a capa do álbum e orientando muitos dos vídeos de música da banda.
***A faixa 02, tanto letra quanto clip são  fod*s.
 Losing My Religion   

Oh, life is bigger
It's bigger than you
And you are not me

The lengths that I will go to
The distance in your eyes
Oh, no, I've said too much
I set it up

That's me in the corner
That's me in the spotlight

Losing my religion
Trying to keep up with you
And I don't know if I can do it
Oh, no, I've said too much
I haven't said enough

I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try

Every whisper
Of every waking hour
I'm choosing my confessions
Trying to keep eye on you
Like a hurt, lost and blinded fool (fool!)
Oh, no, I've said too much
I set it up

Consider this
Consider this
The hint of the century
Consider this
The slip that brought me
To my knees failed
What if all these fantasies
Come flailing around
Now I've said too much

I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try

But that was just a dream
That was just a dream

That's me in the corner
That's me in the spotlight
Losing my religion
Trying to keep up with you
And I don't know if I can do it
Oh, no, I've said too much
I haven't said enough

I thought that I heard to laughing
I thought that I heard to sing
I think I thought I saw you try

But that was just a dream
Try... Cry... Why? ... Try

That was just a dream, just a dream
Just a dream, dream.
________________________________________________________________________

Perdendo Minha Religião

A vida é maior
É maior do que você
E você não é eu

Os extremos que eu irei até
A distância em seus olhos
Oh, não, eu falei demais
Eu puxei o assunto

Aquele sou eu no canto
Aquele sou eu no centro das atenções
Perdendo minha religião
Tentando me manter com você
E eu não sei se eu consigo fazer isso
Oh, não, eu falei demais
Eu não disse o suficiente

Eu achei que ouvi você rindo
Eu achei que ouvi você cantar
Eu acho que pensei ter visto você tentar

Cada sussurro
De cada hora de vigília
Estou escolhendo minhas confissões
Tentando ficar de olho em você
Como um bobo magoado, perdido e cego
Oh, não, eu falei demais
Eu puxei o assunto

Considere isto
Considere isto
A dica do século
Considere isto
O deslize que me deixou
De joelhos no chão
O que aconteceria se todas essas fantasias
Se tornassem realidade?
Agora eu falei demais

Eu achei que ouvi você rindo
Eu achei que ouvi você cantar
Eu acho que pensei ter visto você tentar

Mas aquilo foi apenas um sonho
Aquilo foi apenas um sonho
Aquele sou eu no canto

Aquele sou eu no centro das atenções
Perdendo minha religião
Tentando me manter com você
E eu não sei se eu consigo fazer isso
Oh, não, eu falei demais
Eu não disse o suficiente

Eu achei que ouvi você rindo
Eu achei que ouvi você cantar
Eu acho que pensei ter visto você tentar

Mas aquilo foi apenas um sonho
Tente... Chore... Por quê? ... Tente

Aquilo foi apenas um sonho, apenas um sonho
Apenas um sonho, um sonho.