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2 de fevereiro de 2025

𝕰𝖘𝖈𝖗𝖎𝖙𝖔𝖗𝖊𝖘 𝖓𝖆𝖘𝖈𝖎𝖉𝖔𝖘 𝖊𝖒 𝕱𝖊𝖛𝖊𝖗𝖊𝖎𝖗𝖔

James Joyce 
Irlanda 2 Fev 1882 // 13 Jan 1941
James Augustine Aloysius Joyce (Terenure, Irlanda, 2 de fevereiro de 1882 — Zurique, Suíça, 13 de janeiro de 1941) foi um romancista, contista e poeta da Irlanda que viveu boa parte de sua vida expatriado. É amplamente considerado um dos maiores escritores do século XX. Suas obras mais conhecidas são o volume de contos Dublinenses/Gente de Dublin (1914) e os romances Retrato do Artista Quando Jovem (1916), Ulisses (1922) e Finnegans Wake (1939) - o que se poderia considerar um "cânone joyceano". Também participou dos primórdios do modernismo poético em língua inglesa, sendo considerado por Ezra Pound um dos mais eminentes poetas do imagismo. 
Embora Joyce tenha vivido fora de sua ilha irlandesa natal pela maior parte da vida adulta, sua identidade irlandesa foi essencial para sua obra e fornecem-lhe toda a ambientação e muito da temática de sua obra. Seu universo ficcional enraíza-se fortemente em Dublin e reflete sua vida familiar e eventos, amizades e inimizades dos tempos de escola e faculdade. 
Desta forma, ele é ao mesmo tempo um dos mais cosmopolitas e um dos mais particularistas dos autores modernistas de língua inglesa. Após a publicação de Ulisses, ele elucidou essa preocupação, dizendo: "Ao meu ver, sempre escrevo sobre Dublin, porque se eu puder chegar ao coração de Dublin, posso chegar ao coração de todas as cidades do mundo. 
No particular está contido o universal". Seu estilo caracteriza-se por um domínio deslumbrante da linguagem e pela utilização de formas literárias inovadoras, associadas à criação de personagens que, como Leopold Bloom e Molly Bloom, constituem indivíduos de uma profunda humanidade.
Paul Auster 
Estados Unidos 3 Fev 1947 // 30 de abril de 2024
Paul Benjamin Auster (Newark, Nova Jérsei, Estados Unidos, 3 de fevereiro de 1947 – Nova Iorque, 30 de abril de 2024) foi um escritor norte-americano autor de vários best-sellers como Timbuktu, O Livro das Ilusões, A Noite do Oráculo e A Música do Acaso. 
Auster morreu em 30 de abril de 2024, na sua casa em Brooklyn, Nova York, aos 77 anos, de complicações relacionadas a um câncer de pulmão.
Marie Sévigné 
França 5 Fev 1626 // 17 Abr 1696
Maria de Rabutin-Chantal, marquesa de Sévigné (em francês: Marie de Rabutin-Chantal, marquise de Sévigné (Paris, 5 de fevereiro de 1626 — Grignan, 17 de abril de 1696) foi uma nobre marquesa e escritora francesa cujas cartas, muitas delas escritas para a sua filha a partir do Castelo dos Rochers-Sévigné, são modelo do gênero epistolar. 
Sévigné se correspondeu com a filha por quase trinta anos. Uma edição clandestina, contendo vinte e oito cartas ou partes de cartas, foi publicada em 1725, seguida por outras duas no ano seguinte. Pauline de Simiane, neta de Madame de Sévigné, decidiu publicar oficialmente a correspondência da avó. 
Trabalhando com o editor Denis-Marius Perrin de Aix-en-Provence, ela publicou 614 cartas em 1734-1737, depois 772 cartas em 1754. As cartas foram selecionadas de acordo com as instruções de Madame de Simiane: ela rejeitou aquelas que tratavam intimamente com a família assuntos, ou aqueles que pareciam mal escritos. As cartas restantes eram frequentemente reescritas de acordo com o estilo da época. Isso levanta uma questão sobre a autenticidade das cartas. 
Das 1 120 cartas conhecidas, apenas 15 por cento são assinadas, as outras foram destruídas logo após serem lidas. No entanto, em 1873, algumas das primeiras cópias manuscritas das cartas, baseadas diretamente nos originais de Madame de Sévigné, foram encontradas em um antiquário. Essas correspondiam a cerca de metade das cartas a Madame de Grignan. As cartas de Madame de Sévigné desempenham um papel importante no romance Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust, onde figuram como a leitura favorita da avó do narrador e, após sua morte, de sua mãe.
Citação: "O tempo voa e leva-me contra a minha vontade; por mais que eu tente detê-lo, é ele que me arrasta; e esse pensamento dá-me muito medo: podeis imaginar porquê."
Charles Dickens 
Inglaterra 7 Fev 1812 // 9 Jun 1870
Charles John Huffam Dickens (Portsmouth, 7 de fevereiro de 1812 – Higham, 9 de junho de 1870) foi o mais popular dos romancistas ingleses da era vitoriana. No início de sua atividade literária também adotou o apelido Boz. As suas obras gozaram de uma popularidade sem precedentes ainda durante a sua vida e, durante o século XX, críticos e académicos reconheceram-no como um génio literário. Os seus romances e contos são extensamente lidos ainda nos dias de hoje. 
Apesar de os seus romances não serem considerados, pelos parâmetros atuais, muito realistas, Dickens contribuiu em grande parte para a introdução da crítica social na literatura de ficção inglesa. Nascido em Portsmouth, Dickens saiu da escola aos 12 anos para ir trabalhar numa fábrica de graxa para sapatos. Na altura, o seu pai encontrava-se preso numa prisão civil. 
Após três anos de trabalho, ele voltou a estudar, tendo depois iniciado uma carreira como jornalista. Dickens foi editor de um jornal semanal durante 20 anos, escreveu 15 romances, cinco livros curtos, centenas de contos e artigos de não-ficção, para além de ter dado seminários e feito leituras ao vivo. Dickens era ainda um escritor incansável de cartas e participou ativamente em campanhas em defesa dos direitos infantis, da educação e de outras reformas sociais. O sucesso literário de Dickens começou com a publicação em série de The Pickwick Papers em 1836. 
A série tornou-se num fenómeno, em grande parte graças à introdução da personagem de Sam Weller no quarto episódio, e gerou produtos relacionados com a mesma e séries derivadas. Alguns anos depois, Dickens tinha-se tornado numa celebridade literária internacional, famoso pelo seu sentido de humor, sátira e pelas observações sagazes sobre personagens e a sociedade. 
Os seus romances, a maioria dos quais foi publicada em série mensalmente ou semanalmente, foram pioneiros na publicação em série de ficção, que se tornou no modelo de publicação dominante durante a Era Vitoriana. Os finais em aberto mantinham os leitores em suspense. Este formato também permitia que Dickens avaliasse a reação do seu público e muitas vezes alterava a história e o desenvolvimento das personagens em função das suas opiniões. As suas histórias eram construídas cuidadosamente e muitas vezes Dickens incluía acontecimentos da atualidade nas suas narrativas.
Massas de pobres analfabetos tinham por hábito pagar um tostão para que alguém lhes lesse o episódio desse mês, o que inspirou uma nova classe de pessoas a aprender a ler. O seu conto de 1843, A Christmas Carol continua a ser bastante popular e a inspirar adaptações em todos os meios artísticos. Oliver Twist e Great Expectations também são adaptados com frequência e, à semelhança de muitos dos seus romances, evocam imagens da Era Vitoriana em Londres. 
O seu romance de 1859, A Tale of Two Cities (que tem lugar em Londres e Paris) é a sua obra de ficção histórica mais conhecida. Dickens foi uma das celebridades mais famosas da sua época e era bastante procurado pelo público. 
No final da sua carreira, Dickens fez várias digressões onde lia as suas obras em público. O term "Dickensian" é usado para descrever algo que faz lembrar Dickens e as suas obras, como é o caso de condições sociais e laborais precárias ou de personagens cómicas ou repugnantes.
Júlio Verne 
França 8 Fev 1828 // 24 Mar 1905
Jules Gabriel Verne, conhecido nos países de língua portuguesa como Júlio Verne (Nantes, 8 de fevereiro de 1828 – Amiens, 24 de março de 1905), foi um escritor francês considerado por críticos literários o inventor do gênero de ficção científica, tendo feito predições em seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, as máquinas voadoras e a viagem à Lua. 
Ele foi o primogênito dos cinco filhos de Pierre Verne, advogado, e Sophie Allote de la Fuÿe, esta de uma família burguesa de Nantes. Até hoje, Júlio Verne é um dos escritores cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100 livros.
Thomas Bernhard 
Austria 9 Fev 1931 // 12 Fev 1989
Niclaas Thomas Bernhard (Heerlen, Países Baixos, 9 de fevereiro de 1931 — Gmunden, Áustria, 12 de fevereiro de 1989) foi um escritor austríaco e é considerado um dos mais importantes escritores germanófonos da segunda metade do século XX. 
Deixou uma obra considerável que inclui dezanove novelas e dezassete obras teatrais, entre outros livros breves ou autobiográficos.
Henrique Maximiano Coelho Neto 
Brasil 21 Fev 1864 // 28 Nov 1934
Henrique Maximiano Coelho Netto (Caxias, 20 de fevereiro de 1864 — Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1934) foi um escritor (cronista, contista, folclorista, romancista, crítico e teatrólogo), político e professor brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras onde foi o fundador da Cadeira número 2. 
Foi considerado o "Príncipe dos Prosadores Brasileiros", numa votação realizada em 1928 pela revista O Malho. Apesar disto, foi consideravelmente combatido pelos modernistas, sendo pouco lido desde então, em verdadeiro ostracismo intelectual e literário.
Coelho Netto esteve ao lado de Lúcio de Mendonça, idealizador da Academia Brasileira, nas primeiras reuniões que trataram da criação desta entidade literária, e realizadas nos dois últimos meses de 1896. Foi eleito seu presidente no ano de 1926, sucedendo à primeira gestão de Afonso Celso, e foi seguido por Rodrigo Otávio. 
Em 1928, Coelho Neto, que havia sempre recebido hostilidades de Oswald de Andrade, emitiu um parecer em que confere ao escritor menção honrosa no julgamento do concurso de romance da ABL; apesar de participar do movimento modernista, publicamente antiacademicista, Andrade por duas vezes concorreu a uma vaga naquele sodalício.
Arthur Schopenhauer 
Alemanha 22 Fev 1788 // 21 Set 1860
Arthur Schopenhauer (Danzig, 22 de fevereiro de 1788 – Frankfurt, 21 de setembro de 1860) foi um filósofo alemão do século XIX.[1] Ele é mais conhecido pela sua obra principal "O Mundo como Vontade e Representação" (1819), em que ele caracteriza o mundo fenomenal como o produto de uma cega, insaciável e maligna vontade metafísica. 
A partir do idealismo transcendental de Immanuel Kant, Schopenhauer desenvolveu um sistema metafísico ateu e ético que tem sido descrito como uma manifestação exemplar de pessimismo filosófico. Schopenhauer foi o filósofo que introduziu o pensamento indiano e alguns dos conceitos budistas na metafísica alemã. Foi fortemente influenciado pela leitura dos Upanishads, que foram traduzidas pela primeira vez para o latim por Abraham Hyacinthe Anquetil-Duperron, no início do século XIX. Misantropo, pessimista, solitário, individualista e crítico ferrenho da sociedade, Schopenhauer considerava o amor apenas como vontade cega e irracional que todos os seres têm de se reproduzir, dando assim continuidade à vida e, por conseguinte, ao sofrimento. 
A sensação de felicidade que o amor traz é apenas o interrompimento temporário do querer, a fuga de uma dor imposta pela vontade. Para Schopenhauer, somente o sofrimento é positivo, pois se faz sentir com facilidade, enquanto aquilo ao qual chamamos felicidade é negativo, pois é a mera interrupção momentânea da dor ou tédio, sendo estes últimos a condição inerente à existência. 
Considerava esse impulso de reprodução, esse "gênio da espécie", tão forte como o medo da morte, daí que muitos amantes arriscam a vida e a perdem obedecendo a este desejo. 
Apesar de ser, nos tempos contemporâneos, mais conhecido pela sua obra magna (O Mundo como Vontade e Representação), foi apenas com a publicação de "Parerga e Paralipomena", no final de 1851, que ficou amplamente conhecido e famoso ainda em vida. Nesta obra o filósofo discorre sobre uma multitude de assuntos que vão desde temas relacionados ao ensino universitário, à escrita, à sociedade em que vive, revê conceitos que outrora defendia e providencia inúmeros conselhos aos leitores sobre como levar uma vida o mais isente de sofrimento possível.
Joaquim Pessoa 
Portugal 22 Fev 1948 // 17 de abril de 2023 
Joaquim Maria Pessoa (Barreiro, 22 de fevereiro de 1948 – 17 de abril de 2023), conhecido por Joaquim Pessoa, foi um poeta, artista plástico, publicitário e estudioso de arte pré-histórica português. 
Com formação na área do "marketing" e da publicidade, foi diretor criativo e diretor-geral de várias agências de publicidade e autor ou coautor de diversos programas de televisão ("1000 Imagens", "Rua Sésamo", "45 Anos de Publicidade em Portugal", etc.). 
Foi diretor pedagógico e professor da cadeira de Publicidade no Instituto de Marketing e Publicidade, em Lisboa, e professor no Instituto Dom Afonso III, em Loulé. Desempenhou durante seis anos (1988-1994) o cargo de diretor da Sociedade Portuguesa de Autores. Em colaboração com Luís Machado, organizou em 1983 o I Encontro Peninsular de Poesia, que reuniu prestigiados nomes da poesia ibérica. Conta com mais de 600 recitais da sua poesia, realizados em Portugal e no estrangeiro.[carece de fontes] Foi diretor literário da Litexa Editora, diretor do jornal "Poetas & Trovadores", colaborador das revistas "Sílex" e "Vértice" e do jornal "A Bola". 
Foi um dos fundadores da cooperativa artística Toma Lá Disco, com Ary dos Santos, Fernando Tordo, Carlos Mendes, Paulo de Carvalho e Luiz Villas-Boas, entre outros. Viu o seu nome ser atribuído a arruamentos na Baixa da Banheira (concelho da Moita) e no Poceirão (concelho de Palmela). Morreu a 17 de abril de 2023, aos 75 anos, depois de um internamento na sequência de doença prolongada.
Victor Hugo 
França 26 Fev 1802 // 22 Mai 1885
Victor-Marie Hugo (Besançon, 26 de fevereiro de 1802 – Paris, 22 de maio de 1885) foi um romancista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista pelos direitos humanos francês de grande atuação política em seu país. É autor de Les Misérables e de Notre-Dame de Paris, entre diversas outras obras clássicas de fama e renome mundial.
Fonte: Wikipedia

8 de agosto de 2024

𝕯𝖎𝖈𝖆 𝖉𝖊 𝕷𝖊𝖎𝖙𝖚𝖗𝖆 - 𝕾𝖑𝖆𝖘𝖍 - 𝕬 𝕬𝖚𝖙𝖔𝖇𝖎𝖔𝖌𝖗𝖆𝖋𝖎𝖆

A HISTÓRIA DE UMA DAS MAIORES MÁQUINAS DE ROCK DA HISTÓRIA, SEMPRE À BEIRA DA AUTO-DESTRUIÇÃO.
Em uma conversa informal, Slash conta a própria história desde as peripécias de infância até os momentos mais sombrios. Pela primeira vez, o ex-guitarrista do Guns N’ Roses revela o que há por trás da lenda: como a banda surgiu, como escreveram músicas que definiram uma era, como sobreviveram a turnês infinitas e loucas, como aguentaram uns aos outros – e, por fim, como tudo acabou.
Esta obra é uma janela para o mundo de um guitarrista notoriamente reservado e um assento na primeira fileira da montanha-russa que foi a história de uma das maiores máquinas de rock, sempre à beira da autodestruição, mesmo em seu maior sucesso. Slash é tudo o que se pode esperar: engraçado, honesto, inteligente, inspirador, surpreendente… Em uma palavra: excessivo!
"Slash inaugura um novo tipo de biografia de rock: surpreendente em qualquer página."
New York Times

"O melhor livro sobre a formação, os anos iniciais e os bastidores do Guns."
Guitar World

"Um curso intensivo para aspirantes a deuses do rock."
Spin
"Maravilhosamente honesto."
Entertainment Weekly
Editora: Belas-Letras; Slash edição (31 agosto 2022) Idioma: ‎ Português Capa dura: ‎ 544 páginas
Sobre o Autor:
Slash é guitarrista, fundador e líder do Velvet Revolver, famoso mundialmente por ter integrado a formação clássica do Gun’s Roses. Anthony Bozza é autor de diversos best-sellers do New York Times, além de ter integrado a equipe da revista Rolling Stone por sete anos. Mora em Nova York.
Disponível: AMAZON

7 de julho de 2024

𝕯𝖎𝖈𝖆 𝖉𝖊 𝕷𝖊𝖎𝖙𝖚𝖗𝖆: 𝕸𝖊𝖚 𝕬𝖕𝖊𝖙𝖎𝖙𝖊 𝖕𝖔𝖗 𝕯𝖊𝖘𝖙𝖗𝖚𝖎𝖈̧𝖆̃𝖔. 𝕾𝖊𝖝𝖔, 𝕯𝖗𝖔𝖌𝖆𝖘 𝖊 𝕲𝖚𝖓𝖘 𝕹' 𝕽𝖔𝖘𝖊𝖘

A autobiografia do baterista original do Guns N’ Roses é um conto repleto de sexo, drogas, excessos, laquê e uma intensa batalha de 20 anos contra o vício. O Guns N’ Roses é uma das bandas de rock mais bem-sucedidas do mundo, com aproximadamente 90 milhões de álbuns vendidos. Adler fez parte da formação original, que gravou o clássico álbum de estreia Appetite for Destruction. O baterista viveu intensamente o estilo de vida de um rock star, com um passado infame de sexo, drogas e rock’n’roll que resultou na sua expulsão da banda. E neste livro, pela primeira vez, Adler conta tudo! Em Meu Apetite por destruição ele revela – com sagacidade e franqueza – sua batalha pessoal contra o vício em drogas (20 anos de vício em heroína e crack), incluindo a ruína financeira que ele enfrentou depois de ter sido chutado da banda e os problemas de saúde que quase tiraram sua vida diversas vezes. Agora limpo e sóbrio, Steven faz o ajuste de contas com sua vida e sua época no Guns N’ Roses, durante a ascensão e queda de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos.
Editora: ‎ Ideal; 1ª edição (10 junho 2015) Idioma: ‎ Português Capa comum: ‎ 304 páginas
Resenha Especializada:
“Adler deixa de lado seu próprio ego para contar uma história que é sarcástica e comovente em sua honestidade brutal.” – Examiner “A franqueza deste livro faz dele um tipo totalmente diferente de autobiografia de rock star.” – Examiner “Ótimo para os fãs de Guns N’ Roses… Este é um relato de advertência, do começo ao fim.” – Penthouse 
Sobre o Autor:
Steven Adler foi baterista do Guns N’ Roses de 1985 a 1990. Em 2003, criou a banda Adler’s Appetite, com a qual lançou dois EPs. Hoje toca no grupo Adler, que lançou seu primeiro disco (Back from the Dead) em 2012. Ele participou da segunda temporada do Celebrity Rehab with Dr. Drew, no VH1, e da primeira temporada de Sober House, série criada a partir do Celebrity Rehab focada em um ambiente de vida sóbria. 
Steven mora em Los Angeles com a esposa, Carolina Adler. Lawrence J. Spagnola tem atividades no cinema, na música e na literatura. Participou do livro The Billings Collection, um tributo a Lem Billings, amigo próximo do presidente Kennedy. 
Em 2010, recebeu o Christopher Award por The Courageous Heart of Irena Sendler (no Brasil, O Coração Corajoso de Irena Sendler), um filme sobre o Holocausto com Anna Paquin e Marcia Gay Harden.
Disponível: AMAZON

23 de junho de 2024

𝕯𝖎𝖈𝖆 𝖉𝖊 𝕷𝖊𝖎𝖙𝖚𝖗𝖆: 𝕵𝖔𝖍𝖓 𝕷𝖊𝖓𝖓𝖔𝖓 - 𝕬 𝖛𝖎𝖉𝖆

Biografia definitiva de John Lennon - escrita com base em extensa pesquisa e em documentos e depoimentos inéditos de Yoko Ono, Sean Lennon e Paul McCartney - traz revelações surpreendentes sobre o ex-Beatle, desde a infância em Liverpool até seus anos finais em Nova York, onde Lennon foi morto a tiros em 8 de dezembro de 1980.

Entre as muitas revelações contidas nesta nova biografia de John Lennon, talvez a mais inocente seja a de que, ao contrário do que se acreditava até hoje, não foi a tia, Mimi, mas sua mãe, Julia, quem lhe deu a primeira guitarra. Bem menos inocente é a identificação correta da verdadeira musa de ""Norwegian Wood"", canção dos Beatles que relatava um evidente caso extraconjugal do líder da banda.
Mas nem uma coisa nem outra dá a tônica à cuidadosa pesquisa realizada por Philip Norman ao longo de três anos. Longe de contentar-se com curiosidades ou mexericos, John Lennon: a vida é o relato biográfico mais completo já escrito sobre uma das personalidades mais fascinantes da segunda metade do século XX: John Winston Lennon, nascido em 9 de outubro de 1940 e tragicamente morto a tiros em 8 de dezembro de 1980, na entrada do edifício Dakota, em Nova York.
Com acesso a documentos inéditos e testemunhos diretos de Yoko Ono, Sean Lennon e Paul McCartney, entre outros, Norman começa por descrever em detalhes infância e adolescência do ex-Beatle, e logo traz à tona episódios e personagens cruciais para o entendimento de uma figura tão unanimemente admirada quanto controvertida. O pai, Freddie Lennon, que o teria abandonado ainda pequeno, é uma delas, e seu lado da história ganha aqui, pela primeira vez, um relato pormenorizado. Não menos surpreendentes são os episódios jamais divulgados da vida do ex-Beatle, como a surra feroz e injustificada que, ainda em Hamburgo, Lennon teria dado em Stu Sutcliffe, mais tarde apontada como possível causa da morte prematura do amigo, em 1962.
Stu e Julia, Lennon admitiria mais tarde, foram as grandes perdas de uma existência marcada em igual medida pela genialidade e pela insegurança. Na outra ponta, Yoko Ono dá testemunho sincero e único dos quase quinze anos de vida a dois, e um comovente depoimento de Sean Lennon encerra o livro. Se, como mostra Philip Norman, John carregou por toda a vida a mágoa de não ter podido conviver mais tempo com a mãe, Julia, Sean não teve melhor sorte: tinha cinco anos quando o pai foi assassinado - uma das trágicas coincidências de uma biografia tão rica quanto conturbada, apresentada aqui num texto cristalino, que alia rigor de pesquisa a qualidade literária.

"A melhor biografia de Lennon." - The Observer

"O retrato definitivo de John Lennon, escrito com grande beleza e sagacidade." - The Independent

"Uma história conhecida, mas contada aqui de forma mais verdadeira do que nunca." - Rolling Stone 
Editora: Companhia das Letras; 2ª edição (13 maio 2022) Idioma: ‎ Português Capa comum: ‎ 856 páginas
Sobre o Autor 
Nascido em 1943 em Londres e criado na ilha de Wight, Philip Norman é jornalista, romancista premiado e biógrafo. Entre outras obras, é autor de uma respeitada história dos Beatles, Shout! The Beatles in Their Generation, publicada em 1981.
Disponível: AMAZON

2 de junho de 2024

𝕯𝖎𝖈𝖆 𝖉𝖊 𝕷𝖊𝖎𝖙𝖚𝖗𝖆: 𝕷𝖊𝖉 𝖅𝖊𝖕𝖕𝖊𝖑𝖎𝖓 – 𝕼𝖚𝖆𝖓𝖉𝖔 𝖔𝖘 𝖌𝖎𝖌𝖆𝖓𝖙𝖊𝖘 𝖈𝖆𝖒𝖎𝖓𝖍𝖆𝖛𝖆𝖒 𝖘𝖔𝖇𝖗𝖊 𝖆 𝕿𝖊𝖗𝖗𝖆

“Todo o acesso que Mick Wall teve à banda e sua atenção aos detalhes tornam esta a biografia definitiva do Led Zeppelin. Um livro essencial para todos aqueles que querem conhecer — ou reviver — uma era em que os astros de rock dominavam o mundo.”
Publisher’s Weekly
“Nesta biografia, mais do que humanizar alguns dos maiores mitos da história do rock, Mick Wall lhe dá corpo e alma ao revelar seus segredos mais bem guardados.”
Classic Rock
“A melhor biografia já lançada de uma das maiores bandas de todos os tempos.”
Daily TelegraPhy
Nesta biografia considerada o relato definitivo da carreira meteórica de um dos fundadores da música pesada, o lendário jornalista de rock Mick Wall reúne entrevistas realizadas com os membros do Led Zeppelin ao longo de mais de quatro décadas, uma vasta pesquisa em jornais e revistas, consultas a profissionais e amigos que também fizeram a história da banda e suas próprias recordações de shows e turnês para compor um retrato vívido, muitas vezes polêmico, mas assustadoramente real dos gênios do rock’n’roll que até hoje influenciam gerações de músicos e fãs.

Acompanhando a trajetória de cada membro da banda desde a infância — o catártico Robert Plant, o sombrio Jimmy Page, o multifacetado Paul Jones e o incontrolável John Bonham — Wall resgata histórias de bastidores, desnudando como nunca a intimidade dos músicos muito além dos palcos e dos estúdios de gravação.

Wall revela com detalhes a verdadeira obsessão de Page pelo oculto, as tragédias que marcaram a vida de Plant, como a morte de um de seus filhos em um acidente de carro, as muitas brigas entre Jones e os demais membros do Led Zeppelin e o espírito destrutivo de Bonham que culminaram em sua morte prematura em 1980 e no fim de uma das maiores bandas de todos os tempos.

O livro investiga ainda temas polêmicos, como os muitos processos de plágio enfrentados pela banda, a rotina de sexo, drogas e rock’n’roll que cobrou um preço muito caro de cada um dos integrantes, os eternos rumores sobre um possível retorno e as maldições que, segundo alguns, ainda rondam o nome Led Zeppelin.
Mais do que uma biografia de uma banda de rock tão lendária quanto virtuosa, Quando os gigantes caminhavam sobre a Terra é a história de um tempo em que astros de rock eram deuses e tinham o mundo aos seus pés.
Editora: ‎ Globo; 2ª edição (9 janeiro 2016) Idioma: ‎ Português Capa comum: ‎ 568 páginas
Disponível: AMAZON

17 de junho de 2022

𝕯𝖎𝖈𝖆 𝖉𝖊 𝕰𝖘𝖈𝖗𝖎𝖙𝖔𝖗𝖊𝖘: 𝕮𝖔𝖊𝖑𝖍𝖔 𝕹𝖊𝖙𝖔

Henrique Maximiano Coelho Netto (Caxias, 21 de fevereiro de 1864 — Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1934) foi um escritor (cronista, contista, folclorista, romancista, crítico e teatrólogo), político e professor brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras onde foi o fundador da Cadeira número 2. 

Foi considerado o "Príncipe dos Prosadores Brasileiros", numa votação realizada em 1928 pela revista O Malho. Apesar disto, foi consideravelmente combatido pelos modernistas, sendo pouco lido desde então, em verdadeiro ostracismo intelectual e literário.
Biografia

Filho do português António (grafia europeia) da Fonseca Coelho com a indígena Ana Silvestre Coelho, que se mudaram do Maranhão para o Rio de Janeiro quando o filho contava apenas seis anos de idade.

Estudou no Colégio Pedro II, onde realizou os cursos preparatórios e ingressou na Faculdade de Medicina, que abandonou em seguida, matriculando-se em 1883 na Faculdade de Direito de São Paulo.

No curso jurídico Coelho Neto expande suas revoltas, logo se envolvendo no movimento de alunos contra um professor e, para evitar represálias, transfere-se para a faculdade do Recife, e ali conclui o primeiro ano tendo por principal mestre Tobias Barreto.

Após este lapso, retorna para São Paulo, e logo participa de movimentos abolicionistas e republicanos, entrando em choque com os professores, não chegando a concluir o curso.

Sem se formar, retorna em 1885 para o Rio onde, ao lado de escritores como Olavo Bilac, Luís Murat, Guimarães Passos e Paula Ney forma um grupo cujas experiências vem a retratar no romance A Conquista, de 1899.

Ativo na campanha pela extinção da escravatura, alia-se a José do Patrocínio; labora como colaborador do jornal Gazeta da Tarde e, depois, para o A Cidade do Rio, onde foi secretário, ocasião em que inicia a publicação de seus textos literários.

Coelho Netto, na maturidade.

Casou-se em 1890 com Maria Gabriela Brandão, filha do professor Alberto Olympio Brandão, com quem teve catorze filhos. Neste mesmo ano é nomeado secretário de governo do estado e em 1891 ocupa a direção de Negócios do Estado.

Em 1892 é nomeado para o magistério de História da Arte na Escola Nacional de Belas Artes. Depois leciona literatura no Colégio Pedro II; nesta atividade é nomeado, em 1910, para as cátedras de História do Teatro e Literatura Dramática na Escola de Arte Dramática do Rio, da qual foi mais tarde seu diretor.

Na política tornou-se deputado federal pelo estado natal, em 1909, reeleito em 1917. Ocupou ainda diversos cargos, e integrou diversas instituições culturais.

Em 1923 converteu-se ao Espiritismo, proferindo um discurso no Salão da Guarda Velha no Rio de Janeiro sobre sua adesão.Sobre a matéria, o "Jornal do Brasil" publicou entrevista com o escritor (7 de junho de 1923), anteriormente intransigente adversário do Espiritismo, e que a ele se converteu após ter participado, na extensão do seu escritório, de uma conversa ao telefone entre a sua neta, falecida em tenra idade, e a mãe dela. A 7 de junho de 1923, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, de Portugal.

Sua vida divide-se, assim, em três fases distintas: na primeira, aquela em que procura se firmar como escritor; a segunda, quando integra o movimento pela Academia, participa da política e obtém reconhecimento e consagração e, finalmente, a terceira, na qual experimenta os ataques modernistas e o consequente esquecimento.

Academia Brasileira de Letras
Coelho Netto "operando" Artur de Azevedo, numa encenação que imita a Lição de Anatomia de Rembrandt - com Olavo Bilac (que assina), entre outros intelectuais que formaram o grupo fundador da ABL.

Coelho Netto esteve ao lado de Lúcio de Mendonça, idealizador da Academia Brasileira, nas primeiras reuniões que trataram da criação desta entidade literária, e realizadas nos dois últimos meses de 1896.

Foi eleito seu presidente no ano de 1926, sucedendo à primeira gestão de Afonso Celso, e foi seguido por Rodrigo Otávio.

Em 1928, Coelho Neto, que havia sempre recebido hostilidades de Oswald de Andrade, emitiu um parecer em que confere ao escritor menção honrosa no julgamento do concurso de romance da ABL; apesar de participar do movimento modernista, publicamente antiacademicista, Andrade por duas vezes concorreu a uma vaga naquele sodalício.

Literatura

Em selo postal brasileiro de 1964.

Durante muitos anos, Coelho Neto foi o autor mais lido do Brasil. O autor assinava trabalhos com seu próprio nome e também escrevia sob inúmeros pseudônimos, como por exemplo: Anselmo Ribas, Caliban, Ariel, Amador Santelmo, Blanco Canabarro, Charles Rouget, Democ, N. Puck, Tartarin, Fur-Fur, Manés.

Sua extensa obra não se prendia a um só gênero. Escreveu romances realistas e naturalistas. Sua fecunda produção valeu-lhe a crítica de ser um "fabricante de romances".

Em 1928, foi eleito Príncipe dos Prosadores Brasileiros, num concurso realizado pelo O Malho. João Neves da Fontoura, no discurso de posse, traçou-lhe o perfil: “As duas grandes forças da obra de Coelho Neto residem na imaginação e no poder verbal. [...] Havia no seu cérebro, como nos teatros modernos, palcos móveis para as mutações da mágica. É o exemplo único de repentista da prosa. [...] Dotado de um dinamismo muito raro, Neto foi um idólatra da forma.”

Apesar disto, foi consideravelmente combatido pelos modernistas, sendo pouco lido desde então, caindo em verdadeiro ostracismo intelectual e literário. Ainda hoje, muitos críticos literários vêem sua obra como cheia de “pompa e formalismos”, dotada de “artifícios retóricos”.

Arnaldo Niskier, jornalista e membro da Academia Brasileira de Letras, disse sobre a relação do Modernismo para com o autor: "A vitória do modernismo se fez como se houvesse necessidade de abater um grande inimigo, no caso, Coelho Neto"

Atualmente, o autor não é tão conhecido pelo grande público leitor. Sua fama é mais conhecida pelos estudiosos da área da literatura. Seu atual anonimato dá-se pelo fato de seu nome, bem como sua história, estar ausentes da maioria dos livros didáticos e das listas de livros exigidos pelos vestibulares.

Em A Literatura Brasileira, Alfredo Bosi escreve sobre o autor: “A fortuna crítica de Coelho Neto conheceu os extremos do desprezo e da louvação, desde “o sujeito mais nefasto que tem aparecido no nosso meio intelectual”, de Lima Barreto, a “o maior romancista brasileiro” de Otávio Faria.

Lima ainda chegou a publicar artigos em periódicos literários, como a Revista Contemporânea e A Lanterna nos quais direciona ataques a Coelho Neto, e sua visão tradicional da literatura; dizia que este preocupava-se somente com o estilo, vocabulário e passava ao largo das questões sociais, políticas e morais, deixando de usar a escrita como instrumento de transformação social.

Em outro artigo, Barreto escreveu: "Em um século deste, o senhor Coelho Neto ficou sendo unicamente um plástico, um contemplativo, magnetizado pelo Flaubert da Madame Bovary, com as suas Chinesices de estilo, querendo como os Goncourts, pintar com a palavra escrita (...) mas que não fez de seu instrumento artístico um veículo de difusão das ideias de seu tempo...".

Opiniões
Coelho Neto, da coleção Museu Histórico Nacional.

Foi dos primeiros autores a manifestar preocupações ecológicas; assim como Euclides da Cunha, escrevia contra o desmatamento e as queimadas na Amazônia, deixando manifestos tais como o que diz: "Com a morte das árvores, desaparecem as fontes: rios que rolavam águas abundantes derivam agora de filetes rasos e tão escassos que uma quente semana de verão é bastante para secá-los; a caça rareia".

Coelho Neto foi um dos folcloristas que, com visão romântica, procuraram resgatar a imagem da capoeira no país, até então vista como uma prática de marginais, como sendo um esporte genuinamente brasileiro; defendia que fosse ensinada nas escolas e nas forças armadas, nestas últimas como técnica de defesa pessoal.

Em São Luís, tem um dos bustos da Praça do Pantheon, que homenageiam importantes escritores e intelectuais maranhenses.

Livros

27 de abril de 2022

𝕯𝖎𝖈𝖆 𝖉𝖊 𝖊𝖘𝖈𝖗𝖎𝖙𝖔𝖗𝖊𝖘: 𝕬́𝖑𝖛𝖆𝖗𝖊𝖘 𝖉𝖊 𝕬𝖟𝖊𝖛𝖊𝖉𝖔


Álvares de Azevedo
Nascimento12 de setembro de 1831
São Paulo, São Paulo, Império do Brasil
Morte25 de abril de 1852 (20 anos)
Rio de Janeiro, Império do Brasil
Nacionalidadebrasileiro
OcupaçãoEscritor, contista e poeta
Movimento literário:Romantismo 
Manoel Antônio Álvares de Azevedo (São Paulo, Província de São Paulo, Império do Brasil, 12 de setembro de 1831 — Rio de Janeiro, Império do Brasil, 25 de abril de 1852), conhecido também como "Maneco" pelos amigos mais próximos, familiares e admiradores de sua obra, foi um escritor da segunda geração romântica (UltrarromânticaByroniana ou Mal-do-século), contista, dramaturgo, poeta, ensaísta e e expoente da literatura gótica brasileira, autor de Noite na Taverna. As obras de Álvares de Azevedo tendem a jogar fortemente com as noções opostas, como amor e morte, sentimentalismo e pessimismo, platonismo e sarcasmo, sendo influenciado por Musset, Chateaubriand, Lamartine, Goethe e, principalmente, Byron.
Biografia

Filho de Inácio Manoel Álvares de Azevedo e Maria Luísa Silveira da Motta Azevedo, passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo, em 1847, para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde, desde logo, ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. Destacou-se pela facilidade de aprender línguas e pelo espírito jovial e sentimental.

Durante o curso de Direito traduziu o quinto ato de Otelo, de Shakespeare; traduziu Parisina, de Lord Byron; fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano (1849); fez parte da Sociedade Epicureia; e iniciou o poema épico O Conde Lopo, do qual só restaram fragmentos.

Não concluiu o curso, pois foi acometido de uma tuberculose pulmonar nas férias de 1851-52, a qual foi agravada por um tumor na fossa ilíaca, ocasionado por uma queda de cavalo, falecendo aos 20 anos. No entanto, vale ressalva, a causa mortis do autor é um tema historicamente controverso, com diferentes hipóteses.

A sua obra compreende: Poesias diversasPoema do Frade, o drama Macário, o romance O Livro de Fra GondicárioNoite na TavernaCartas, vários Ensaios (incluindo "Literatura e civilização em Portugal", "Lucano", "George Sand" e "Jacques Rolla") e Lira dos vinte anos

Suas principais influências são: Goethe, François-René de Chateaubriand, mas principalmente Alfred de Musset.

Figura no cânone da poesia brasileira. Foi muito lido até as duas primeiras décadas do século XX, com constantes reedições de sua poesia e antologias. As últimas encenações de seu drama Macário foram em 1994 e 2001. É patrono da cadeira 2 da Academia Brasileira de Letras.

Lira dos Vinte Anos

Álvares de Azevedo.
Lira dos Vinte Anos (inicialmente planejada para ser publicada num projeto — As Três Liras — em conjunto com Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães). é o título da principal obra do autor.
É evidente a explicitação de Álvares de Azevedo na postura consciente do fazer poético, afinal em seus prefácios há um alto grau de conhecimento quanto à proposta ultrarromântica, a qual exibe um certo metarromantismo marcada pelo senso crítico.
É, provavelmente, o primeiro a incorporar o cotidiano na poesia no Brasil, com o poema Ideias íntimas, da segunda parte da Lira. O autor de Lira dos Vinte Anos estabelece valores e critérios a sua obra. Revela-se, assim, uma verdadeira teorização programada.
No segundo prefácio de Lira dos Vinte Anos, o seu autor nos revela a sua intencionalidade e o vincula de tal maneira ao texto poético, que a gratuidade e autonomia perde espaço e revela a intencionalidade do poeta, isto é, explicação de temas, motivos e outros elementos.
Um aspecto característico de sua obra e que tem estimulado mais discussão diz respeito à sua poética, que ele mesmo definiu como uma "binomia", que consiste em aproximar extremos, numa atitude tipicamente romântica. É importante salientar o "Prefácio" à "Segunda parte" de Lira dos Vinte Anos, um dos pontos críticos de sua obra e na qual define toda a sua poética.
Machado de Assis publicou na coluna “Semana Literária” do jornal Diário do Rio de Janeiro de 26 de junho de 1866 uma análise da Lira dos vinte anos. Ali escreveu: “Álvares de Azevedo era realmente um grande talento; só lhe faltou o tempo, como disse um dos seus necrólogos. [...] Era daqueles que o berço vota à imortalidade. Compare-se a idade com que morreu aos trabalhos que deixou, e ver-se-á que seiva poderosa não existia naquela organização rara.” “Em tão curta idade, o poeta da Lira dos vinte anos deixou documentos valiosíssimos de um talento robusto e de uma imaginação vigorosa. Avalie-se por aí o que viria a ser quando tivesse desenvolvido todos os seus recursos”.
O crítico literário português Lopes de Mendonça, num perfil literário de Álvares de Azevedo, escreve: “O jovem poeta não cantava somente para as turbas que se deixassem comover pela harmonia de seus cantos; cantava porque lhe ardia no peito um fogo devorador, porque a sua alma ébria, e palpitante, lhe acendia a imaginação, e como lhe intimava, que traduzisse aos outros, a magia dos seus sonhos, o fervor dos seus desejos, o esplêndido irradiar da sua esperança”.
O jornal niteroiense A Pátria de 16 de maio de 1856, numa “Meditação aos ossos do poeta Álvares de Azevedo”, afirma que “aquele crânio foi um livro de versos sublimes como os de Byron, foi uma página divina de Shakespeare; foi um raio da inteligência de Homero; aquele crânio guardava um cérebro cheio como o de Camões, e constituiu uma cabeça que merecia uma coroa, como a que Tasso teve no Capitólio!”.
Atualmente, a literatura de Álvares de Azevedo tem suscitado alguns estudos acadêmicos, dos quais sublinham-se "O Belo e o Disforme", de Cilaine Alves Cunha (EDUSP, 2000), e "Entusiasmo indianista e ironia byroniana" (Tese de Doutorado, USP, 2000); "O poeta leitor. Um estudo das epígrafes hugoanas em Álvares de Azevedo", de Maria C. R. Alves (Dissertação de Mestrado, USP, 1999); "Álvares de Azevedo: A busca de uma literatura consciente", de Gilmar Tenorio Santini (Dissertação de Mestrado, UNESP, 2007); "Uma lira de duas cordas", de Rafael Fava Belúzio (Scriptum, 2015).
O crítico literário Alexei Bueno faz uma interessante observação sobre a "característica quase esquizoide da alma de Álvares de Azevedo", a dissociação entre sua obra "onde não faltam bebedeiras e orgias altamente byronianas" e sua vida pacata de "excelente e responsabilíssimo aluno, de enorme afeição familiar e provavelmente bastante casto". Essa mesma polarização é problematizada em "Uma lira de duas cordas", obra que faz uma inovadora leitura da recepção crítica do poeta.
Trabalhos

Devido a sua morte prematura, todos os trabalhos de Álvares de Azevedo foram publicados postumamente.

  • Lira dos Vinte Anos (1853, antologia poética);
  • Macário (1855, peça de teatro);
  • Noite na Taverna (1855, contos);
  • O Conde Lopo (Juaréz Cavalcante)

Álvares de Azevedo também escreveu muitas cartas e ensaios e traduziu para o português o poema Parisina, de Lorde Byron, e o quinto ato de Otelo, de William Shakespeare.

Cronologia
Homenagem ao poeta pelo Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco.
  • 1831, 12 de setembro – Nascido em São Paulo, na esquina da rua da Feira com a rua Cruz Preta, atuais Senador Feijó e Quintino Bocaiuva.
  • 1831 – Transfere-se para o Rio de Janeiro.
  • 1835 – Morre a 26 de junho seu irmão mais novo, Inácio Manoel, em Niterói, ainda bebê, com menos de dois anos, deixando o futuro poeta profundamente abalado.
  • 1840 – É matriculado no Colégio Stoll, em Botafogo. Seu desempenho rende elogios do proprietário do colégio, o Dr. Stoll: "Ele reúne, o que é muito raro, a maior inocência de costumes à mais vasta capacidade intelectual que já encontrei na América num menino da sua idade".
  • 1844 – Transfere-se para São Paulo, após estudos de francês, inglês e latim volta para o Rio no fim do ano.
  • 1845 – Matricula-se no 5º ano do internato do Colégio Pedro II, no Rio, onde muito sofreu, devido ao gênio folgazão, que o levava a caricaturar colegas e professores.
  • 1846 – Cursa o 6º ano no mesmo colégio, tendo como professor Domingos José Gonçalves de Magalhães.
  • 1847 – Recebe, a 5 de dezembro, o grau de bacharel em Letras.
  • 1848 – Ingressa, a 1 de março na Faculdade de Direito de São Paulo, onde conhece, entre outros, José de Alencar e Bernardo Guimarães.
  • 1849 – Matricula-se no 2º ano. Pronuncia um discurso a 11 de agosto, na sessão comemorativa do aniversário da criação dos cursos jurídicos no Brasil. Passa as férias no Rio, com constantes pensamentos de morte.
  • 1850 – Escreve um romance de 200 e tantas páginas, dois poemas, um em 5 e outro em 2 cantos, ensaios, fragmento de poema em linguagem muito antiga (hoje perdido). A 9 de maio, profere o discurso inaugural da sociedade "Ensaio Filosófico". De volta a São Paulo, matricula-se no 3º ano. Em setembro, suicida-se, por amor, o quintanista Feliciano Coelho Duarte, o poeta faz, a 12 do mesmo mês, o discurso de adeus.
  • 1851 – Cursa o 4º ano. Em 15 de setembro, morre João Batista da Silva Pereira. Passa as férias em Itaboraí, na fazenda do avô.
  • 1852, 25 de abril – Após complicações advindas de uma queda de cavalo, no município de Itaboraí, no trajeto de Visconde para Porto das Caixas, cria-se um tumor na fossa ilíaca que tentou ser retirado segundo alguns biólogos sem anestesia, a ferida infecciona e após 40 dias de febre alta falece, às 17 horas no Rio de Janeiro em casa. É enterrado no dia seguinte, num cemitério na praia vermelha na zona sul do Rio de Janeiro que mais tarde viria a ser destruído pelo mar em ressaca. Segundo biógrafos seu cachorro teria encontrado seus restos mortais. Hoje está sepultado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro, num mausoléu da família perto dos túmulos de Floriano Peixoto e outros grandes nomes do final do séc. XIX — tendo sido o décimo segundo a ser sepultado nesse cemitério inaugurado em 1854, como consta da primeira página de seu livro de registros.
Túmulo do poeta Álvares de Azevedo (lápide)
Obras
  • 1853 Poesias de Manoel Antônio Álvares de Azevedo'Lira dos Vinte Anos e Poesias diversas;
  • 1855 Obras de Manoel Antônio Álvares de Azevedo, primeira publicação da sua prosa (Noite na Taverna);
  • 1862 Obras de Manoel Antônio Álvares de Azevedo, 2ª e 3ª edições, primeira aparição do Poema do Frade e "Terceira parte" da Lira.
  • 1866 O Conde Lopo, poema inédito.
Merece um destaque especial a Lira dos Vinte Anos, composta de diversos poemas. A Lira é dividida em três partes, sendo a primeira e a terceira da Face Ariel e a segunda da Face Caliban. A Face Ariel mostra, supostamente, um Álvares de Azevedo ingênuo, casto e inocente. Já a Face Caliban apresenta poemas irônicos e sarcásticos.
Fonte: Wikipedia