9 de outubro de 2018

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POEMAS - LORD BYRON
Nome influente no romantismo britรขnico, Lord Byron inspirou diversos escritores, inclusive no Brasil. 

O escritor londrino nasceu em 1788 e escreveu importantes obras, como “Peregrinaรงรฃo de Child Harold” e “Don Juan”. As obras de Byron costumam ser consideradas autobiogrรกficas, o que aproximava o autor e o pรบblico, ele recebia, inclusive, cartas de fรฃs. 

Tรฃo importante quando o texto, a imagem de Byron era reproduzida em larga escala, o que tornou o escritor muito conhecido. Fazia sucesso principalmente entre as mulheres, que o viam como um herรณi romรขntico. 

A preocupaรงรฃo de Lord Byron com a prรณpria imagem era tรฃo grande, que ordenava que as pinturas o mostrassem como um homem com feiรงรตes definidas e corpo em forma.

Talvez considerasse assim todos os homens, pois nunca escondeu sua paixรฃo por animais, chegando a declarar: “quanto mais conheรงo os homens, mais quero a meu cachorro”.  “Boaswain” foi o nome de seu cachorro preferido, o qual gostava tanto que, apรณs a morte do animal, dedicou-lhe os seguintes versos: "Aqui repousam os restos de uma criatura que foi bela sem vaidade forte sem insolรชncia valente sem ferocidade e teve todas as virtudes do homem e nenhum dos seus defeitos" Conta-se tambรฉm sobre Byron que nasceu com uma deformidade no pรฉ direito. Seus dedos eram voltados para dentro, o que lhe dificultava muitas tarefas.

Seu pai lhe disse que nunca andaria direito, muito menos correria. Mas Lord Byron nunca se rendeu. Jรก adulto, seu jeito de andar aliado ร  personalidade colรฉrica lhe deram uma forma รบnica de caminhar, considerada muito elegante (e sim, chegou a correr). Ele nunca sentiu vergonha desta enfermidade, atรฉ pelo contrรกrio. Quando as pessoas debochavam de seu pรฉ, Byron se enchia de orgulho e respondia: “Quando um membro se debilita, sempre hรก outro que o compensa”. O poeta faleceu em 19 de abril de 1824, na cidade de Missolonghi. Lutava ao lado dos gregos pela independรชncia, contra a opressรฃo turca. Os registros apontam apenas que a causa da morte foi uma uremia, com complicaรงรตes apรณs uma febre reumรกtica.


AS TREVAS  

A meu amigo, o DR. Franco Meireles,
inspirado tradutor das "Melodias Hebraicas".

Tive um sonho que em tudo nรฃo foi sonho!...

O sol brilhante se apagava: e os astros,
Do eterno espaรงo na penumbra escura,
Sem raios, e sem trilhos, vagueavam.
A terra fria balouรงava cega
E tรฉtrica no espaรงo ermo de lua.
A manhรฃ ia, vinha... e regressava...
Mas nรฃo trazia o dia! Os homens pasmos
Esqueciam no horror dessas ruรญnas
Suas paixรตes: E as almas conglobadas
Gelavam-se num grito de egoรญsmo
Que demandava "luz". Junto ร s fogueiras
Abrigavam-se. . . e os tronos e os palรกcios,
Os palรกcios dos reis, o albergue e a choรงa
Ardiam por fanais. Tinham nas chamas
As cidades morrido. Em torno ร s brasas
Dos seus lares os homens se grupavam,
Pra ร  vez extrema se fitarem juntos.
Feliz de quem vivia junto ร s lavas
Dos vulcรตes sob a tocha alcantilada!

Hรณrrida esperanรงa acalentava o mundo!
As florestas ardiam! ... de hora em hora
Caindo seapagavam; crepitando,
Lascado o tronco desabava em cinzas.
E tudo... tudo as trevas envolviam.
As frontesรฃo clarรฃo da luz doente
Tinham do inferno o aspecto... quando ร s vezes
As faรญscas das chamas borrifavam-nas.
Uns, de bruรงos no chรฃo, tapando os olhos
Choravam. Sobre as mรฃos cruzadas — outros —
Firmando a barba, desvairados riam.
Outros correndo ร  toa procuravam
O ardente pasto pra funรฉreas piras.
Inquietos, no esgar do desvario,
Os olhos levantavam pra o cรฉu torvo,
Vasto sudรกrio do universo — espectro —,
E apรณs em terra se atirando em raivas,
Rangendo os dentes, blasfemos, uivavam!

Lรบgubre grito os pรกssaros selvagens
Soltavam, revoando espavoridos
Num voo tonto coas inรบteis asas!
As feras estavam mansas e medrosas!
As vรญboras rojando se roscavam
Pelos membros dos homens, sibilantes,
Mas sem veneno... a fome lhes matavam!
E a guerra, que um momento s’extinguira,
De novo se fartava. Sรณ com sangue
Comprava-se o alimento, e apรณs ร  parte
Cada um se sentava taciturno,
Pra fartar-se nas trevas infinitas!
Jรก nรฃo havia amor! ... O mundo inteiro
Era um sรณ pensamento, e o pensamento
Era a morte sem glรณria e sem detenรงa!
O estertor da fome apascentava-se
Nas entranhas ... Ossada ou carne pรบtrida
Ressupino, insepulto era o cadรกver.

Mordiam-se entre si os moribundos
Mesmo os cรฃes se atiravam sobre os donos,
Todos exceto um sรณ... que defendia
O cadรกver do seu, contra os ataques
Dos pรกssaros, das feras e dos homens,
Atรฉ que a fome os extinguisse, ou fossem
Os dentes frouxos saciar algures!
Ele mesmo alimento nรฃo buscava ...
Mas, gemendo num uivo longo e triste,
Morreu lambendo a mรฃo, que inanimada
Jรก nรฃo podia lhe pagar o afeto.

Faminta a multidรฃo morrera aos poucos.
Escaparam dous homens tรฃo-somente
De uma grande cidade. E se odiavam.
... Foi junto dos tiรงรตes quase apagados
De um altar, sobre o qual se amontoaram
Sacros objetos pra um profano uso,
Que encontraram-se os dous... e, as cinzas mornas
Reunindo nas mรฃos frias de espectros,
De seus sopros exaustos ao bafejo
Uma chama irrisรณria produziram! ...
Ao clarรฃo que tremia sobre as cinzas
Olharam-se e morreram dando um grito.
Mesmo da prรณpria hediondez morreram,
Desconhecendo aquele em cuja fronte
Traรงara a fome o nome de Duende!

O mundo fez-se um vรกcuo. A terra esplรชndida,
Populosa tornou-se numa massa
Sem estaรงรตes, sem รกrvores, sem erva.
Sem verdura, sem homens e sem vida,
Caos de morte, inanimada argila!
Calaram-se o Oceano, o rio, os lagos!
Nada turbava a solidรฃo profunda!
Os navios no mar apodreciam
Sem marujos! os mastros desabando
Dormiam sobre o abismo, sem que ao menos
Uma vaga na queda alevantassem,
Tinham morrido as vagas! e jaziam
As marรฉs no seu tรบmulo... antes delas
A lua que as guiava era jรก morta!
No estagnado cรฉu murchara o vento;
Esvaรญram-se as nuvens. E nas trevas
Era sรณ trevas o universo inteiro.

Uma taรงa feita de um crรขnio humano 

Nรฃo recues! De mim nรฃo foi-se o espรญrito… 

Em mim verรกs – pobre caveira fria –

รšnico crรขnio que, ao invรฉs dos vivos, 

Sรณ derrama alegria.


Vivi! amei! bebi qual tu: Na morte

Arrancaram da terra os ossos meus.

Nรฃo me insultes! empina-me!… que a larva

Tem beijos mais sombrios do que os teus.

 

Mais vale guardar o sumo da parreira

Do que ao verme do chรฃo ser pasto vil;

– Taรงa – levar dos Deuses a bebida,

Que o pasto do rรฉptil.


Que este vaso, onde o espรญrito brilhava,

Vรก nos outros o espรญrito acender.

Ai! Quando um crรขnio jรก nรฃo tem mais cรฉrebro

…Podeis de vinho o encher!


Bebe, enquanto inda รฉ tempo! Uma outra raรงa,

Quando tu e os teus fordes nos fossos,

Pode do abraรงo te livrar da terra,

E รฉbria folgando profanar teus ossos.


E por que nรฃo? Se no correr da vida

Tanto mal, tanta dor ai repousa?

ร‰ bom fugindo ร  podridรฃo do lado

Servir na morte enfim p’ra alguma coisa!

Trevas 

(Traduรงรฃo de Castro Alves)

 

Eu tive um sonho que nรฃo era em todo um sonho

O sol esplรชndido extinguira-se, e as estrelas

Vagueavam escuras pelo espaรงo eterno,

Sem raios nem roteiro, e a enregelada terra

Girava cega e negrejante no ar sem lua;

Veio e foi-se a manhรฃ – Veio e nรฃo trouxe o dia;

E os homens esqueceram as paixรตes, no horror

Dessa desolaรงรฃo; e os coraรงรตes esfriaram

Numa prece egoรญsta que implorava luz:

E eles viviam ao redor do fogo; e os tronos,

Os palรกcios dos reis coroados, as cabanas,

As moradas, enfim, do gรชnero que fosse,

Em chamas davam luz; As cidades consumiam-se

E os homens juntavam-se junto ร s casas รญgneas

Para ainda uma vez olhar o rosto um do outro;

Felizes enquanto residiam bem ร  vista

Dos vulcรตes e de sua tocha montanhosa;

Expectativa apavorada era a do mundo;

Queimavam-se as florestas – mas de hora em hora

Tombavam, desfaziam-se – e, estralando, os troncos

Findavam num estrondo – e tudo era negror.

ร€ luz desesperante a fronte dos humanos

Tinha um aspecto nรฃo terreno, se espasmรณdicos

Neles batiam os clarรตes; alguns, por terra,

Escondiam chorando os olhos; apoiavam

Outros o queixo ร s mรฃos fechadas, e sorriam;

Muitos corriam para cรก e para lรก,

Alimentando a pira, e a vista levantavam

Com doida inquietaรงรฃo para o trevoso cรฉu,

A mortalha de um mundo extinto; e entรฃo de novo

Com maldiรงรตes olhavam para a poeira, e uivavam,

Rangendo os dentes; e aves bravas davam gritos

E cheias de terror voejavam junto ao solo,

Batendo asas inรบteis; as mais rudes feras

Chagavam mansas e a tremer; rojavam vรญboras,

E entrelaรงavam-se por entre a multidรฃo,

Silvando, mas sem presas – e eram devoradas.

E fartava-se a Guerra que cessara um tempo,

E qualquer refeiรงรฃo comprava-se com sangue;

E cada um sentava-se isolado e torvo,

Empanturrando-se no escuro; o amor findara;

A terra era uma idรฉia sรณ – e era a de morte

Imediata e inglรณria; e se cevava o mal

Da fome em todas as entranhas; e morriam

Os homens, insepultos sua carne e ossos;

Os magros pelos magros eram devorados,

Os cรฃes salteavam seus donos, exceto um,

Que se mantinha fiel a um corpo, e conservava

Em guarda as bestas e aves e famintos homens,

Atรฉ a fome os levar, ou os que caรญam mortos

Atraรญrem seus dentes; ele nรฃo comia,

Mas com um gemido comovente e longo, e um grito

Rรกpido e desolado, e relambendo a mรฃo

Que jรก nรฃo o agradava em paga – ele morreu.

Finou-se a multidรฃo de fome, aos poucos; dois,

Dois inimigos que vieram a encontrar-se

Junto ร s brasas agonizantes de um altar

Onde se haviam empilhado coisas santas

Para um uso profano; eles a resolveram

E trรชmulos rasparam, com as mรฃos esquelรฉticas,

As dรฉbeis cinzas, e com um dรฉbil assoprar

E para viver um nada, ergueram uma chama

Que nรฃo passava de arremedo; entรฃo alรงaram

Os olhos quando ela se fez mais viva, e espiaram

O rosto um do outro – ao ver gritaram e morreram

– Morreram de sua prรณpria e mรบtua hediondez,

– Sem um reconhecer o outro em cuja fronte

Grafara o nome “Diabo”. O mundo se esvaziara,

O populoso e forte era uma informe massa,

Sem estaรงรตes nem รกrvore, erva, homem, vida,

Massa informe de morte – um caos de argila dura.

Pararam lagos, rios, oceanos: nada

Mexia em suas profundezas silenciosas;

Sem marujos, no mar as naus apodreciam,

Caindo os mastros aos pedaรงos; e, ao caรญrem,

Dormiam nos abismos sem fazer mareta,

mortas as ondas, e as marรฉs na sepultura,

Que jรก findara sua lua senhoril.

Os ventos feneceram no ar inerte, e as nuvens

Tiveram fim; a escuridรฃo nรฃo precisava

De seu auxรญlio – as trevas eram o Universo.

O Oceano 

(Traduรงรฃo de Castro Alves)

Rola, Oceano profundo e azul sombrio, rola!

Caminham dez mil frotas sobre ti, em vรฃo;

de ruรญnas o homem marca a terra, mas se evola

na praia o seu domรญnio. Na รบmida extensรฃo

sรณ tu causas naufrรกgios; nรฃo, da destruiรงรฃo

feita pelo homem sombra alguma se mantรฉm,

exceto se, gota de chuva, ele tambรฉm

se afunda a borbulhar com seu gemido,

sem fรฉretro, sem tรบmulo, desconhecido.

 

Do passo do hรก traรงos em teus caminhos,

nem sรฃo presas em teus campos. Ergues-te e o sacodes

de ti; desprezas os poderes tรฃo mesquinhos

que usa para assolar a terra, jรก que podes

de teu seio atirรก-lo aos cรฉus; assim o lanรงas

tremendo uivando em teus borrifos escarninhos

rumo a seus deuses – nos quais firma as esperanรงas

de achar um portou angra prรณxima, talvez –

e o devolves รก terra: – jaza aรญ, de vez.

 

Os armamentos que fulminam as muralhas

das cidades de pedra – e tremem as naรงรตes

ante eles, como os reis em suas capitais – ,

os leviatรฃs de roble, cujas proporรงรตes

levam o seu criador de barro a se apontar

como Senhor do Oceano e รกrbitro das batalhas,

fundem-se todos nessas ondas tรฃo fatais

para a orgulhosa Armada ou para Trafalgar.

 

Tuas bordas sรฃo reinos, mas o tempo os traga:

Grรฉcia, Roma, Catargo, Assรญria, onde รฉ que estรฃo?

Quando outrora eram livres tu as devastavas,

e tiranos copiaram-te, a partir de entรฃo;

manda o estrangeiro em praias rudes ou escravas;

reinos secaram-se em desertos, nesse espaรงo,

mas tu nรฃo mudas, salvo no florear da vaga;

em tua fronte azul o tempo nรฃo pรตe traรงo;

como รฉs agora, viu-te a aurora da criaรงรฃo.


Tu, espelho glorioso, onde no temporal

reflete sua imagem Deus onipotente;

calmo ou convulso, quando hรก brisa ou vendaval,

quer a gelar o pรณlo, quer em cima ardente

a ondear sombrio, – tu รฉs sublime e sem final,

cรณpia da eternidade, trono do Invisรญvel;

os monstros dos abismos nascem do teu lodo;

insondรกvel, sozinho avanรงas, รฉs terrรญvel.

 

Amei-te, Oceano! Em meus folguedos juvenis

ir levado em teu peito, como tua espuma,

era um prazer; desde meus tempos infantis

divertir-me com as ondas dava-me alegria;

quando, porรฉm, ao refrescar-se o mar, alguma

de tuas vagas de causar pavor se erguia,

sendo eu teu filho esse pavor me seduzia

e era agradรกvel: nessas ondas eu confiava e,

como agora, a tua juba eu alisava.

Estรขncias para a mรบsica

Alegria nรฃo hรก que o mundo dรช, como a que tira. 

Quando, do pensamento de antes, a paixรฃo expira 

Na triste decadรชncia do sentir; 

Nรฃo รฉ na jovem face apenas o rubor 

Que esmaia rรกpido, porรฉm do pensamento a flor 

Vai-se antes de que a prรณpria juventude possa ir. 

Alguns cuja alma boia no naufrรกgio da ventura 

Aos escolhos da culpa ou mar do excesso sรฃo levados; 

O รญmรฃ da rota foi-se, ou sรณ e em vรฃo aponta a obscura 

Praia que nunca atingirรฃo os panos lacerados. 

Entรฃo, frio mortal da alma, como a noite desce; 

Nรฃo sente ela a dor de outrem, nem a sua ousa sonhar;

toda a fonte do pranto, o frio a veio enregelar;

Brilham ainda os olhos: รฉ o gelo que aparece. 

Dos lรกbios flua o espรญrito, e a alegria o peito invada, 

Na meia-noite jรก sem esperanรงa de repouso: 

ร‰ como na hera em torno de uma torre jรก arruinada, 

Verde por fora, e fresca, mas por baixo cinza anoso. 

Pudesse eu me sentir ou ser como em horas passadas, 

Ou como outrora sobre cenas idas chorar tanto;

Parecem doces no deserto as fontes, se salgadas: 

No ermo da vida assim seria para mim o pranto.

A Inรชs

Nรฃo me sorrias ร  sombria fronte, 

Ai! sorrir eu nรฃo posso novamente: 

Que o cรฉu afaste o que tu chorarias 

E em vรฃo talvez chorasses, tรฃo somente.

E perguntas que dor trago secreta,
A roer minha alegria e juventude?
E em vรฃo procuras conhecer-me a angรบstia
Que nem tu tornarias menos rude?

Nรฃo รฉ o amor, nรฃo รฉ nem mesmo o รณdio,
Nem de baixa ambiรงรฃo honras perdidas,
Que me fazem opor-me ao meu estado
E evadir-me das coisas mais queridas.

De tudo o que eu encontro, escuto, ou vejo,
ร‰ esse tรฉdio que deriva, e quanto!
Nรฃo, a Beleza nรฃo me dรก prazer,
Teus olhos para mim mal tรชm encanto.

Esta tristeza imรณvel e sem fim
ร‰ a do judeu errante e fabuloso
Que nรฃo verรก alรฉm da sepultura
E em vida nรฃo terรก nenhum repouso.

Que exilado – de si pode fugir?
Mesmo nas zonas mais e mais distantes,
Sempre me caรงa a praga da existรชncia,
O Pensamento, que รฉ um demรดnio, antes.

Mas os outros parecem transportar-se
De prazer e, o que eu deixo, apreciar;
Possam sempre sonhar com esses arroubos
E como acordo nunca despertar!

Por muitos climas o meu fado รฉ ir-me,
Ir-se com um recordar amaldiรงoado;
Meu consolo รฉ saber que ocorra embora
O que ocorrer, o pior jรก me foi dado. 

Qual foi esse pior? Nรฃo me perguntes,
Nรฃo pesquises por que รฉ que consterno!
Sorri! nรฃo sofras risco em desvendar
O coraรงรฃo de um homem: dentro รฉ o Inferno.

Nรฃo, a Beleza nรฃo me dรก prazer,
Teus olhos para mim mal tรชm encanto.

5 de outubro de 2018

๐•ท๐–Ž๐–›๐–—๐–”๐–˜ ๐–Š ๐•ฑ๐–Ž๐–‘๐–’๐–Š๐–˜ ๐–‰๐–Š ๐•ฟ๐–Š๐–—๐–—๐–”๐–—

Cemitรฉrio Maldito
Comeรงamos com um exemplo perfeito de um livro que รฉ muito mais assustador que o filme. Em um cemitรฉrio indรญgena onde animais sรฃo enterrados e voltam a vida, acontece uma tentativa de fazer o mesmo com um ser humano. Mas eles nunca voltam da morte do mesmo jeito que partiram.
Drรกcula
Nada รฉ tรฃo bom quanto o original. Mesmo depois de um sรฉculo, o personagem de Bram Stoker ainda รฉ um dos mais assustadores da literatura.
  Frankenstein
Outro clรกssico do terror! Quando Frankenstein foi escrito, a ciรชncia nรฃo era tรฃo desenvolvida quanto hoje, entรฃo a ideia de construir um monstro realmente assustou as pessoas. Apesar de hoje sabermos que isso nรฃo รฉ possรญvel, a narrativa ainda prende a cada pรกgina.
 Hell House
Do mesmo criador de “Eu sou a Lenda”, prepare-se para esse thriller sobrenatural. A casa do livro รฉ descrita como “corrompe e destrรณi todos aqueles que passam por sua porta”. Atรฉ Stephen King elogiou o terror presente na trama, dizendo que este รฉ o livro mais assustador sobre casa assombrada jรก escrito.
O Exorcista
Seguimos com a premissa que “o livro รฉ melhor que o filme” aqui. Considerado por muitos como o filme de terror mais assustador de todos os tempos, nada mais assustador do que o texto original, nรฃo รฉ? Baseado em fatos reais, o relato de Blatty faz o leitor desejar frequentar a igreja.
O Silรชncio dos Inocentes 
Assim como muitos livros nesta lista, eles causaram impacto na sociedade antes de se tornarem os filmes tรฃo conhecidos. Apenas pelo nome, O Silรชncio dos Inocentes jรก causa um pouco de tremor. Assim que conhecemos Hannibal, entendemos porque este รฉ um dos livros mais procurados quando o assunto รฉ terror.
Coraline
Vocรช pode se surpreender com Coraline nesta lista, afinal, a histรณria foi adaptada como um filme para crianรงas. Mas alรฉm do visual dos personagens, no enredo Coraline precisa salvar as almas de trรชs crianรงas mortas a fim de libertar seus pais e salvar sua prรณpria vida.
Salem’s Lot
Quase todos os livros de Stephen King merecem estar nesta lista, mas Salem’s lot รฉ especial. A histรณria dรก outra chance ao vampirismo com resultados aterrorizantes. O prรณprio King nรฃo esconde seu carinho por essa histรณria que ele escreveu.
Carrie - A Estranha
A famosa histรณria aterrorizante de uma adolescente marginalizada que pode mover as coisas com sua mente e decide se vingar de seus colegas de classe.
It - A Coisa
O livro que originou um dos filmes mais cotados do ano passado รฉ tambรฉm assinado por King e conta a histรณria de um grupo de amigos que se encontra duas vezes com A Coisa, uma criatura que representa o real medo das pessoas e que causa o sumiรงo de crianรงas de tempos em tempos.
Histรณrias Extraordinรกrias 
Mestre incontestรกvel do terror e suspense, Poe foi um precursor da literatura de mistรฉrio. Neste livro estรฃo alguns de seus contos e poemas mais conhecidos, que marcaram profundamente a literatura ocidental.
Psicopata Americano
Capta a insanidade da violรชncia em nossos tempos. o personagem, ao expressar seu verdadeiro eu atravรฉs da tortura e assassinato, deixa o leitor com os pelos do braรงo arrepiados.
Psicose
Esse clรกssico foi inspirado na vida real de Ed Gein, um assassino psicรณtico que levou uma vida dupla. Hitchcock foi um mestre que transformou a histรณria em um dos filmes clรกssicos mais amados de todos os tempos.
The Island of Doctor Moreau
Saturada em dor e nojo, impregnada de imagens grotescas e muitas vezes insuportรกveis de tortura e mutilaรงรฃo corporal, esta histรณria รฉ inquestionavelmente um romance chocante.
O Mรฉdico e o Monstro
Uma combinaรงรฃo intrigante de thriller fantรกstico e alegoria moral, o livro retrata a luta emocionante de duas personalidades opostas na alma de um homem, cujo poder de aterrorizar nos surpreende mesmo depois de um sรฉculo.
O Bebรช de Rosemary
A famosa histรณria do casal que, apรณs se mudar para um endereรงo muito famoso em Nova York, tem que lidar com hรกbitos e sons estranhos dos vizinhos. Apรณs Rosemary engravidar, ela comeรงa a suspeitar que as coisas nรฃo estรฃo indo muito para a normalidade.
The King in Yellow
Dividido em quatro contos, o livro promovia a premissa que quem lesse a peรงa atรฉ o final enlouqueceria. Com personagens esquisitos e macabros, que gradualmente desaparecem durante as histรณrias, o livro รฉ assombrado pelo tema “vocรช encontrou o sinal amarelo?”
The Canterville Ghost
Este romance clรกssico aborda a histรณria de um velho fantasma inglรชs que recebe novos inquilinos americanos em seu castelo.
The Collector
Aclamado como o primeiro thriller psicolรณgico moderno, esse conto de amor obsessivo permanece incomparรกvel em seu poder de assustar e hipnotizar.
Nights of the Living Dead
Se vocรช gosta de histรณrias assustadoras, nรฃo pode perder essa: em 1968, os mortos-vivos voltaram a vida no clรกssico filme e entraram para a histรณria como um novo tipo de terror. Essa coleรงรฃo de contos retoma ร quela noite onde tudo comeรงou.
The Amityville Horror
A histรณria clรกssica e aterrorizante de um dos mais famosos eventos sobrenaturais: a infame casa possuรญda em Long Island.
The Boy Who Drew Monsters
Essa fascinante histรณria de terror psicolรณgico e imaginaรงรฃo nos traz para a vida de Jack Keenan que, apรณs quase se afogar no oceano, aos 10 anos, passa a desenhar monstros que assumem vida prรณpria e inspiram o terror entre as pรกginas.
O Iluminado
O novo emprego de zelador de um hotel de Jack Torrence parece ser a saรญda perfeita para as dificuldades que sua famรญlia sofria. Mas forรงas malignas que rondam os antigos corredores do hotel irรฃo cutucar as chagas abertas de ressentimento e desejo de vinganรงa um embate entre o bem e o mal.
Helter Skelter: The True Story 
of the Manson Murders
No verรฃo de 1969, o advogado Vincent Bugliosi atuou no julgamento da famรญlia Manson, uma seita responsรกvel pelo brutal assassinato de uma atriz famosa, e seu feto, e mais sete pessoas. Neste livro, baseado em fatos reais, ele traz seu relato cativante do meticuloso trabalho do detetive e a visรฃo do promotor.
Caixa de Pรกssaros
Este thriller psicolรณgico tenso e aterrorizante explora a essรชncia do medo com uma histรณria que vai deixar o leitor completamente sem fรดlego.
Jantar Secreto
Um grupo de jovens se muda para o Rio de Janeiro e tenta fazer o possรญvel para pagar sua faculdade e manter o sonho de viver no seu apartamento em Copacabana. Quando o dinheiro estรก curto, eles caem em uma espiral de crimes, descobrem uma rede de contrabando de corpos e se alimentam de carne humana.
A Mulher de Preto
Um jovem advogado รฉ chamado para acompanhar um funeral em uma regiรฃo remota da Inglaterra. Enquanto trabalha na isolada propriedade, o jovem descobre trรกgicos segredos ocultos por suas janelas fechadas. Ao avistar uma sofrida mulher vestida de preto, uma arrepiante sensaรงรฃo de desconforto comeรงa a tomar conta dele.
Aura
Felipe Monteiro comeรงa a frequentar a casa de uma viรบva idosa para editar as memรณrias do seu falecido marido. Lรก, ele conhece sua bela sobrinha chamada Aura e descobre gradualmente a verdadeira relaรงรฃo entre a jovem e sua tia, que impulsionam a histรณria para sua conclusรฃo extraordinรกria.
Nas Montanhas da Loucura
Esse รฉ um dos romances mais famosos de Lovecraft e um dos favoritos entre os fรฃs de terror clรกssico. Uma expediรงรฃo ร  Antรกrtida dรก terrivelmente errado enquanto um grupo de exploradores se depara com algumas misteriosas ruรญnas antigas.
Misery
Quando Paul Sheldon conhece sua fรฃ nรบmero um, ele descobre que ela estรก furiosa que o autor matou seu personagem preferido em seu รบltimo livro. Annie, a fรฃ, o torna refรฉm atรฉ que ele reescreva outro livro trazendo a personagem de volta ร  vida.
Christine
O estudante Arnie Cunningham ganha um carro enferrujado e vermelho em 1958 e รฉ amor a primeira vista. Christine, o carro, muda rapidamente a vida do jovem, consumindo terrivelmente todos os aspectos da vida do jovem. Logo, Arnie e seu melhor amigo, Dennis, decidem descobrir a terrรญvel verdade por trรกs de um carro com uma histรณria horrรญvel e assassina.